Pesquisadores da Universidade de Cambridge e do Instituto Pirbright, ambos no Reino Unido, descobriram mudanças-chaves do vírus SARS-CoV-2 que fizeram o vírus se tornar patogênico para seres humanos, segundo estudo publicado na revista PLOS Biology.
Os pesquisadores descobriram que as adaptações genéticas eram semelhantes às que causaram a epidemia de SARS nos anos de 2002 e 2003.
A descoberta sugere a existência de um mecanismo comum pelo qual essa família de vírus sofre mutação e acaba passando de animais para os humanos.
Durante a epidemia de SARS, os cientistas foram capazes de identificar isolados de vírus relacionados a morcegos e civetas, os quais podem ser responsáveis pela adaptação do vírus para infecção humana.
No entanto, durante o surto atual da COVID-19, os cientistas ainda não sabem a identidade do hospedeiro intermediário ou não têm amostras semelhantes para analisar, porém, eles dispõem da sequência de um coronavírus de morcego chamado RaTG13, que é 96% semelhante ao novo coronavírus.
Para examinar se a diferença entre os dois vírus estava relacionada a nova adaptação do SARS-CoV-2, os cientistas compararam o vírus SARS-CoV-2 e o vírus RaTG13 trocando partes da proteína S (proteína de pico) contida nos mesmos, e analisaram o quanto que essa proteína se ligaria ao receptor humano ACE2.
As proteínas do SARS-CoV-2 contendo regiões RaTG13 não se ligaram ao ACE2, enquanto as proteínas do vírus RaTG13 com regiões do SARS-CoV-2 se ligaram de forma mais eficiente ao ACE2, segundo o estudo.
Isso indica que mudanças semelhantes na proteína S do vírus SARS-CoV-2 ocorrem historicamente, o que provavelmente desempenhou papel fundamental para permitir que o vírus passasse de uma espécie a outra.
Segundo estatísticas da Universidade John Hopkins, o Brasil já registrou 8.131.612 casos, 203.580 mortes e 7.273.237 pacientes recuperados da COVID-19. No mundo há 90.976.653 casos confirmados,1.947.243 óbitos e 50.382.125 pacientes recuperados do coronavírus.
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