COVID-19 não vai embora fácil: revelado quanto tempo maioria dos infectados sente sintomas

© REUTERS / Yara NardiPessoas usando máscaras andam em frente à Fontana di Trevi durante restrições devido à COVID-19 na Roma, Itália, 17 de dezembro de 2020
Pessoas usando máscaras andam em frente à Fontana di Trevi durante restrições devido à COVID-19 na Roma, Itália, 17 de dezembro de 2020 - Sputnik Brasil
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Mais de três quartos dos pacientes com COVID-19 ainda sentem pelo menos um sintoma depois de seis meses de terem recebido alta de hospital, revelaram cientistas.

Pesquisadores analisaram 1.733 pacientes que receberam alta do Hospital Jinyintan, de Wuhan, na China, entre janeiro e maio de 2020, e o estudo deles foi publicado na revista científica The Lancet.

Tendo sido examinados entre junho e setembro, pacientes de idade média de 57 anos responderam às perguntas sobre sua saúde e avaliaram qualidade de vida. Os pesquisadores também realizaram exames físicos e testes laboratoriais.

Ao todo, 76% dos pacientes que participaram do estudo (1.265 de 1.655) afirmaram que ainda têm sintomas. Vale destacar que 63% dos entrevistados relataram sentir fadiga e fraqueza muscular. Já 26% dos pacientes apontaram problemas de sono.

Além disso, os pesquisadores examinaram 94 pacientes com anticorpos no pico da infecção que participaram de outro estudo. Quando estes pacientes foram testados seis meses depois, o nível de anticorpos neutralizadores estava 52,5% mais baixo.

A redução dos anticorpos levanta preocupações sobre reinfecção, segundo pesquisadores, embora tenham afirmado que amostras maiores seriam necessárias para esclarecer como a imunidade ao vírus muda ao longo do tempo.

"Como a COVID-19 é uma doença nova, apenas começamos a entender alguns de seus efeitos de longo prazo sobre a saúde de pacientes", disse o autor sênior do estudo Bin Cao, do Centro Nacional de Medicina Respiratória.

A pesquisa destacou a necessidade de cuidados contínuos aos doentes depois de terem recebido alta de hospital, especialmente aqueles que tiveram infecção grave.

"Nosso trabalho também sublinha a importância da realização de estudos de acompanhamento mais longos em população maior a fim de perceber o espectro completo de efeitos que a COVID-19 pode ter sobre as pessoas", segundo Bin Cao.

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