SARS-CoV-2: cepa da África do Sul é 'mais problemática' que inglesa, diz ministro da Saúde britânico

© REUTERS / NIHImpressão 3D de uma partícula do SARS-CoV-2
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Epidemiologistas na África do Sul identificaram a nova estirpe do SARS-CoV-2 em meados de dezembro de 2020. Conhecida como 501.V2, a variante carrega mutações em sua proteína de pico.

O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, afirmou na segunda-feira (5) que a nova variante do SARS-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19, identificada na África do Sul é mais preocupante do que a estirpe altamente infecciosa conhecida como B.1.1.7, que foi identificada no Reino Unido no mês passado.

"Estou extremamente preocupado com a variante sul-africana e é por isso que tomamos as medidas para restringir todos os voos da África do Sul […]. Este é um problema muito, muito significativo [...]. [É] ainda mais problemático do que a nova variante do Reino Unido", afirmou Hancock em entrevista à rádio BBC e reproduzida pelo jornal The Independent.

O editor político da emissora ITV, Robert Peston, revelou também na segunda-feira (4) que "de acordo com um dos consultores científicos do governo, a razão da 'incrível preocupação' de Matt Hancock sobre a variante sul-africana da COVID-19 é que eles [funcionários de saúde] não estão tão confiantes de que as vacinas serão tão eficazes contra ela quanto para a variante do Reino Unido", relatou a agência Reuters.

© AP Photo / Andrew Parsons / 10 Downing StreetMinistro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, fala ao país durante a pandemia do coronavírus
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Ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, fala ao país durante a pandemia do coronavírus

Cepas mais contagiantes

A variante do Reino Unido seria mais contagiosa, mas não mais mortal, do que as variantes anteriores do SARS-CoV-2. A variante sul-africana, por sua vez, foi considerada ainda mais transmissível que a B.1.1.7.

O ministro da Saúde da África do Sul, Zweli Mkhize, revelou que o coronavírus, impulsionado por uma nova cepa, agora está se espalhando "exponencialmente" no país. Ele observou que as restrições existentes devem ser revistas agora para conter "essa taxa alarmante de propagação".

No entanto, em 31 de dezembro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que não há "nenhuma evidência clara de que a nova variante esteja associada a doenças mais graves ou piores resultados […]. São necessárias mais investigações para compreender o impacto sobre a transmissão, gravidade clínica da infecção, diagnósticos laboratoriais, terapêutica, vacinas ou medidas preventivas de saúde pública".

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