Pesquisadores da China acham 'falhas' em equação de explosão nuclear dos EUA usada para bunkers

© Depositphotos.com / CurraheeshutterExplosão nuclear (imagem de arquivo)
Explosão nuclear (imagem de arquivo) - Sputnik Brasil
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Equação de explosão nuclear usada há décadas por militares dos EUA na construção de abrigos à prova de bomba nem sempre é precisa, sugere novo estudo realizado por pesquisadores chineses.

A equação estima o impacto no solo após uma explosão de arma nuclear. No entanto, simulações computacionais apontaram resultados pouco confiáveis em caso de explosão perto de bunker, potencialmente deixando a estrutura subterrânea vulnerável.

"Quanto maior a explosão, menor é a distância ou a profundidade, [e consequentemente] maior é o erro", segundo explica a equipe, liderada pelo professor Rong Jili, do Instituto de Tecnologia de Pequim, em um artigo publicado no Journal of China Ordnance, escreve South China Morning Post.

O estudo foi conduzido em colaboração com pesquisadores da Academia Chinesa de Tecnologia de Veículos de Lançamento, que é a maior entidade construtora de mísseis balísticos intercontinentais chineses.

Rong e seus colegas simularam em um computador explosão de uma pequena bomba nuclear – equivalente a 500 toneladas de TNT, usando o mais recente modelo matemático.

Os resultados, na maioria das vezes, coincidiram bastante com as estimativas da equação das Forças Armadas dos EUA, mas divergiram acentuadamente em áreas próximas ao epicentro da explosão.

A mesma coisa aconteceu quando compararam as estimativas da equação com dados reais de uma experiência realizada pelos próprios militares dos EUA.

Resultados mostraram que distorções superiores às previstas no solo e rochas criadas pela explosão nuclear podem levar a danos estruturais em instalações subterrâneas, apontam cientistas.

"Com o desenvolvimento da tecnologia de armas e aprofundamento do conhecimento dos efeitos da explosão nuclear, o efeito de choque do solo produzido pelas explosões tem atraído atenção generalizada e é considerado a maior ameaça a estruturas subterrâneas", escreve Rong Jili no estudo.

China parou de testar armas nucleares em 1996, mas continuou com os seus esforços para desenvolver armas ou contramedidas em supercomputadores e em instalações de pesquisa que podem simular explosões nucleares.

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