As crateras lunares ocupam a maior parte da superfície do nosso satélite natural. Desde 1919, a União Astronômica Internacional registrou 9.137 crateras, tendo determinado a idade de 1.675 delas.
Cientistas chineses da Universidade de Jilin e da Academia de Ciências da China, em parceria com colegas da Itália e Islândia, usaram na identificação de novas crateras lunares dados das sondas Chang'e 1 e Chang'e 2 do Programa de Exploração Lunar da China, segundo resultados da pesquisa publicados na revista Nature Communications.
As sondas de 2007 a 2010 realizaram mapeamento topográfico e fotografaram a superfície lunar.
As espaçonaves fotografaram toda a superfície da Lua em resoluções de 500, 120 e sete metros. As imagens de alta resolução permitem identificar contornos de grandes estruturas, já as imagens de baixa resolução permitem detalhar a estrutura de pequenas crateras.
Os pesquisadores programaram uma rede neural artificial para identificar crateras e determinar a idade de cada uma delas, usando as 7.895 crateras descobertas, dentre as quais 1.411 foram datadas anteriormente.
O sistema artificial conseguiu identificar nas fotos tiradas pelas sondas Chang'e 1 e Chang'e 2 109.956 novas crateras em latitudes baixas e médias da Lua. A quantidade de novas crateras é dezenas de vezes maior do que o número de crateras descobertas anteriormente.
As 18.996 crateras de diâmetro superior a oito quilômetros tiveram determinado seu tempo de formação pela rede neural, o que é importante para compreender a história do Sistema Solar.

O sistema artificial usou critérios morfológicos e estratigráficos para determinar a idade.
A maioria das crateras grandes, de diâmetro de 50 a 550 quilômetros, são do Pré-nectárico, de quatro bilhões de anos atrás, e as crateras menores pertencem ao Nectárico e Copernicano, sendo este último o atual período na escala de tempo geológico lunar.
Os cientistas consideram que resultados de seu trabalho podem ser a base para criação de novo banco de dados sobre as crateras em latitudes baixas e médias da Lua. Também afirmam que o método desenvolvido pode ser aplicado em outros corpos celestes do Sistema Solar.
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