Os 433 túmulos datam da época em que os exércitos muçulmanos invadiram a região que hoje compreende a Espanha, aproximadamente em 711 d.C.. Escavações anteriores sugerem que a necrópole pode conter restos mortais de até 4.500 pessoas.
Os túmulos mostram que os mortos foram enterrados de acordo com os rituais fúnebres muçulmanos da época, e apontam que a cidade foi em grande parte islâmica por centenas de anos, apesar de não haver menção a essa fase nas histórias locais.
"O número de pessoas enterradas na necrópole e o tempo em que foi ocupada indicam que Tauste era uma cidade importante no Vale do Ebro na época islâmica", disse a arqueóloga envolvida nas escavações, Eva Giménez, segundo o Live Science.
As últimas descobertas indicam há possibilidade de mais sepulturas muçulmanas serem encontradas "agora temos informações que nos mostram o tamanho da necrópole, é bem maior do que imaginávamos", afirmou a arqueóloga.
O domínio muçulmano na Espanha começou a se fragmentar após o século XI, e o último emirado muçulmano, em Granada, foi derrotado em 1492. O Islã foi declarado ilegal e violentas perseguições antimuçulmanas continuaram até o início do século XVII.

O cemitério teve uso contínuo por mais de 400 anos, o que revela "uma população [islâmica] constante e profundamente enraizada em Tauste, desde o início do século VIII", aponta Giménez.

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