Supercontinente pode se formar na Terra em 200 milhões de anos, segundo cientistas

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A formação de supercontinentes poderia mudar drasticamente o clima de nosso planeta, sugeriram pesquisadores após modelar uma visão da Terra chamada de "futuro profundo".

A Terra poderá formar um supercontinente daqui a uns 200 milhões de anos, disseram cientistas sobre pesquisas apresentadas na reunião on-line da União Geofísica Americana, no início deste mês.

Os pesquisadores consideraram dois cenários: no primeiro, em cerca de 200 milhões de anos, quase todos os continentes se deslocarão ao Hemisfério Norte, com a Antártica permanecendo no Hemisfério Sul.

No segundo cenário, aparecerá um supercontinente ao redor do equador, que se estenderá para os Hemisférios Norte e Sul daqui a 250 milhões de anos.

Em ambos os casos, os cientistas calculam o impacto que a topografia dos supercontinentes poderia ter sobre o clima global, concluindo que quando os continentes são empurrados para o norte e o terreno é montanhoso, as temperaturas globais seriam muito mais frias do que em outros cenários.

Se isso acontecer, a Terra sofrerá uma redução de temperatura profunda que poderá durar pelo menos 100 milhões de anos, disseram os pesquisadores.

De acordo com Michael Way, autor principal do estudo e cientista físico do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA em Nova York, EUA, nos últimos três bilhões de anos, a Terra atravessou vários períodos em que os continentes se aglomeraram, formando enormes supercontinentes, antes de se desintegrarem. Ele detalhou como sua equipe realizou a modelagem.

"A taxa de rotação da Terra está diminuindo com o tempo. Se você for 250 milhões de anos no futuro, a duração do dia aumenta em cerca de 30 minutos, então colocamos isso no modelo para ver se isso teve um efeito", disse Way, citado pelo portal Live Science.

"A luminosidade solar também aumentará ligeiramente em 250 milhões de anos, porque o Sol está gradualmente ficando mais brilhante através do tempo [...]. Colocamos isso também no modelo, então aumentamos a quantidade de radiação que o planeta vê."

O pesquisador acrescentou que o resultado mais inesperado em seus modelos do "futuro profundo" foi que as temperaturas globais foram inferiores em quase 4 ºC em um mundo com um supercontinente montanhoso no Hemisfério Norte. Se uma era glacial assim começasse, isso certamente afetaria a biodiversidade do planeta, com muitas espécies se extinguindo, ao mesmo tempo que surgiriam algumas novas espécies para habitar ambientes frios, explicou Way.

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