Cientistas norte-americanos das Universidades da Flórida e de Washington, em parceria com o Centro de Pesquisa do Câncer Fred Hutchinson, Seattle, Washington, EUA, realizaram uma metanálise de artigos, publicados durante o último ano, onde são mencionados casos de reinfecção pelo novo coronavírus em pessoas em casa.
O risco de reinfecção é uma taxa de epidemiologia que permite avaliar a eficácia das medidas de quarentena. O risco é definido através do número de casos, ocorridos em casa durante o período de incubação depois da primeira infecção, dividido pela quantidade de pessoas que moram juntas.
O risco da segunda transmissão do vírus é influenciado por fatores como o tempo desde a primeira infecção, a duração e proximidade do contato e a intensidade dos sintomas do primeiro infectado.
Analisando os resultados de 54 pesquisas sobre 77.758 pessoas, os pesquisadores descobriram que a casa é o lugar com maior risco de transmissão da COVID-19, segundo os resultados publicados na revista JAMA Network Open.
A frequência de reinfecção pelo coronavírus em casa corresponde a 16,6%, o que é mais alto do que em qualquer outro lugar. O risco mais alto, 18,0%, é causado por contatos com infectados que têm sintomas visíveis. Para os infectados assintomáticos, o risco corresponde a apenas 0,7%.
Adultos são mais expostos à infecção doméstica do que crianças, 28,3% e 16,8%, respectivamente. Um casal tem maior risco de infecção do que pessoas que apenas moram sob o mesmo teto, 37,8% e 17,8%, respectivamente.
O nível médio de reinfecção onde moram apenas duas pessoas é significativamente mais alto do que em casa com três ou mais moradores, 41,5% e 22,8%, respectivamente.
Os autores da pesquisa afirmam que os resultados obtidos devem ser considerados ao desenvolver as estratégias futuras para a prevenção da COVID-19, visto que as recomendações existentes receitam que pessoas com infecção confirmada e suspeita do coronavírus fiquem isoladas em casa, o que coloca em risco os membros de sua família.
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