A Hayabusa2 lançou com sucesso a pequena cápsula neste sábado (5) e a enviou para a Terra para entregar amostras de um asteroide distante, que poderiam fornecer pistas sobre a origem do sistema solar e da vida em nosso planeta, disse a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA, na sigla em inglês), segundo a AP.
Na madrugada deste domingo (6), horário do Japão, tarde de sábado no Brasil, a cápsula se transformou brevemente em uma bola de fogo ao reentrar na atmosfera, 120 quilômetros acima da superfície da Terra. A cerca de dez quilômetros acima do solo, um paraquedas se abriu para reduzir a velocidade de sua descida, enquanto o equipamento emitia sinais para indicar sua localização.
再突入カプセルの火球映像の動画を、「はやぶさ2」Webにアップしました!https://t.co/yXj8noV8Q1
— 小惑星探査機「はやぶさ2」 (@haya2_jaxa) December 5, 2020
O vídeo da imagem da bola de fogo da cápsula de reentrada foi publicado no site da Hayabusa 2!
Os sinais foram detectados, sugerindo que o paraquedas abriu com sucesso e a cápsula pousou com segurança em uma área remota e escassamente povoada de Woomera, na Austrália, disse o oficial da JAXA Akitaka Kishi. De acordo com uma postagem posterior da agência espacial japonesa no Twitter, um helicóptero foi utilizado para encontrar a localização exata da cápsula, que será recuperada assim que o sol nascer.
Photographs of the fireball captured on-site. Welcome back.
— HAYABUSA2@JAXA (@haya2e_jaxa) December 5, 2020
(Collection Team M)#Hayabusa2#はやぶさ2#AsteroidExplorerHayabusa2 #HAYA2Report pic.twitter.com/b2ThFi33q5
Imagens da bola de fogo capturadas no local. Seja bem-vinda de volta.
A Hayabusa2 deixou o asteroide Ryugu, situado a cerca de 300 milhões de quilômetros de distância da Terra, há um ano. Depois de lançar a cápsula, a espaçonave se afastou para capturar imagens do objeto descendo em direção à superfície da Terra, enquanto partia em uma nova expedição para outro asteroide distante.
A cápsula desceu de 220.000 quilômetros de distância no espaço depois que foi separada de Hayabusa2 em uma operação desafiadora, que exigia controle e precisão.
O especialista em rochas espaciais da Universidade Nacional da Austrália, Trevor Ireland, que está em Woomera para a chegada da cápsula, disse à AP que espera que as amostras de Ryugu sejam semelhantes a do meteorito que caiu na Austrália, perto de Murchison, no estado de Vitória, há mais de 50 anos.
"O meteorito Murchison abriu uma janela sobre a origem dos compostos orgânicos na Terra porque descobriu-se que essas rochas contêm aminoácidos simples, bem como água abundante", disse Ireland. "Vamos examinar se Ryugu poderia ser uma fonte potencial de matéria orgânica e água para a Terra quando o sistema solar estava em formação, e se eles ainda permanecem intactos no asteroide'', acrescentou.
Os cientistas dizem que acreditam que as amostras, especialmente aquelas retiradas da superfície do asteroide, contêm dados valiosos não afetados pela radiação espacial e outros fatores ambientais. Eles estão particularmente interessados em analisar materiais orgânicos.
Shoot #Hayabusa2 12,000km away from @Space_Station by external camera!
— JAXA(Japan Aerospace Exploration Agency) (@JAXA_en) December 5, 2020
Thanks @NASA team! Congrats @haya2_jaxa for successful reentry! #JAXA
Check it out! 13:27
(C)JAXA/NASAhttps://t.co/mWxJRtvPZb
Filmagem da Hayabusa2 a 12.000 km de distância feita pela câmera externa da Estação Espacial Internacional. Obrigado NASA! Parabéns Hayabusa2 pela reentrada bem-sucedida! Confiram!
A JAXA espera encontrar pistas de como os materiais são distribuídos no sistema solar e estão relacionados com a vida na Terra. Makoto Yoshikawa, o gerente da missão, disse que 0,1 grama de poeira seria suficiente para realizar todas as pesquisas planejadas, segundo a AP.
Os asteroides, que orbitam o sol, mas são muito menores do que os planetas, estão entre os objetos mais antigos do Sistema Solar e, portanto, podem ajudar a explicar como a Terra evoluiu.
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