A professora Ancha Baranova, da Escola de Biologia Sistemática da Universidade George Mason, alertou em entrevista à Sputnik para a possibilidade de envelhecimento prematuro entre pacientes com coronavírus.
A cientista chamou atenção para os resultados da pesquisa de um grupo de médicos que estudou o estado de pacientes que tiveram COVID-19 nas formas leve e moderada.
"Até entre as pessoas que tiveram doença em forma muito leve, 70% delas tiveram patologias de alguns órgãos internos. Mas a patologia principal não era cardíaca, mas principalmente esteatose hepática [afeta o fígado] e degenerações gordurosas do tecido pancreático", explicou Baranova.
Normalmente, as pessoas de 60 anos têm estas diagnoses, no entanto, as pessoas recuperadas da COVID-19 têm esses problemas já na idade de 40 anos.
A cientista concluiu que o coronavírus "pega recursos e aproxima a velhice". As consequências da doença devem ser estudadas mais detalhadamente, acrescentou.
"É preciso começar estudos de coorte longos de doentes recuperados do coronavírus e estudá-los detalhadamente: fazer análises, por mais de uma vez, ver o que está passando", acrescentou Baranova.
A cientista destacou que já começaram a ser realizadas tentativas deste tipo de estudos.
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