Dinossauros teriam estado em declínio muito antes do 'asteroide do Apocalipse'?

© Foto / Pixabay / _freakwave_Impressão artística do fim dos dinossauros
Impressão artística do fim dos dinossauros - Sputnik Brasil
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Na comunidade científica há quem diga que os dinossauros seriam extintos eventualmente sem a necessidade de um asteroide atingir a Terra há 66 milhões de anos, mas a hipótese é altamente contestada.

Muitas das espécies de dinossauros poderiam ter estado em declínio antes de o famoso asteroide Chicxulub pôs fim a eles e muitas outras vidas há 66 milhões de anos, segundo cientistas.

Em 2016 foi realizado um estudo com base em uma falta de dinossauros do período do Cretáceo, que durou entre 145 e 66 milhões de anos atrás.

Os autores do estudo reivindicaram "apoio esmagador para um declínio a longo prazo em todos os dinossauros e dentro dos três principais grupos de dinossauros" dezenas de milhões de anos antes do evento catastrófico, mas outros paleontólogos continuam considerando a ideia altamente controversa.

Um novo estudo publicado na revista Royal Society Open Science contesta essa hipótese.

"[...] Mostramos que se você expandir o conjunto de dados para incluir árvores familiares de dinossauros mais recentes e um conjunto mais amplo de tipos de dinossauros, os resultados, na verdade, não apontam todos para esta conclusão. Na verdade, apenas cerca da metade deles o faz", explica no estudo o paleontólogo Joe Bonsor, da Universidade de Bath, Reino Unido.

À procura de quaisquer desvios negativos em direção de diversificação, a equipe de cientistas analisou 2.727 modelos contendo combinações de 12 árvores familiares de dinossauros, e descobriu que somente 518 deles demonstraram estar inequivocamente em declínio terminal antes de o asteroide atingir a Terra. Para chegar a pouco mais de metade das espécies, foi necessário incluir as que estavam no limite de declínio, e as que não estavam se diversificando.

"Nossos dados atualmente não mostram que eles estavam em declínio, na verdade, alguns grupos como hadrossauros e ceratopsianos estavam prosperando, e não há evidências que sugiram que eles teriam morrido há 66 milhões de anos se o evento de extinção não tivesse acontecido", referem os cientistas.

Os pesquisadores apelam a uma pesquisa contínua, na tentativa de preencher as lacunas existentes na paleontologia, em vez de propor conclusões que muito provavelmente assentam nelas inadvertidamente.

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