Durante a primeira onda de pandemia em Houston, a mutação denominada D614G, que atinge a proteína S, foi registrada em 71% dos pacientes com COVID-19. Mas na segunda onda a prevalência desta versão cresceu até 99,9%, o que, segundo especialistas, atinge os infectados em todo o mundo.
Pesquisadores da Universidade do Texas investigaram diversas variações genéticas da proteína S do vírus para determinarem sua estabilidade. Segundo o estudo publicado na revista mBIO, eles descobriram que D614G não influencia a patogenicidade do vírus, mas registaram indícios de seleção natural, o que aponta a uma maior adaptação do vírus. Devido a isso, os cientistas chegaram à conclusão que D614G provavelmente aumenta a capacidade de transmissão do SARS-CoV-2.

Os experimentos em laboratório também mostraram que pelo menos uma das novas mutações permite ao vírus evitar os anticorpos neutralizantes produzidos naturalmente pelas pessoas para combater as infecções por SARS-CoV-2. Segundo especialistas, esta característica pode ajudar o vírus a enganar o sistema imunitário.
No total, durante a pesquisa foram encontradas 285 mutações. No entanto, a maioria delas não influencia a gravidade da doença e não demostra capacidade de evitar as vacinas de primeira geração e medicamentos terapêuticos com anticorpos.
Os primeiros relatos de infecção pelo novo coronavírus surgiram em dezembro de 2019 na China. Depois, o vírus chegou à Europa e logo em seguida ao Brasil. Segundo os dados da Universidade Johns Hopkins, EUA, até 3 de novembro foram registrados 160.253 óbitos e 5.554.206 casos confirmados no Brasil. No total, em todo o mundo, a pandemia já vitimou 1.207.975 pessoas. EUA, Índia, Brasil, Rússia e França estão atualmente entre os países com mais infectados.
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