Cientistas determinam causas de queda de impérios apesar de 'boas práticas governamentais'

© Foto / Pixabay / FachdozentEquipamento de centuriões romanos (imagem referencial)
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Segundo os pesquisadores, a corrupção interna e o abandono dos princípio básicos fundadores dos Estados tiveram consequências socioeconômicas que os fizeram desmoronar.

A causa da queda de alguns dos impérios históricos mais bem-sucedidos pode ter vindo do gradual aumento da corrupção ao longo do tempo, segundo um estudo publicado na revista Frontiers in Political Science.

Os pesquisadores de uma equipe internacional analisaram 30 países e impérios antigos, concentrando suas atenções no Império Romano, no Império da República de Veneza, bem como na Dinastia Ming (China) e no Império Mogol (Índia), dizendo que seus líderes tinham "boas práticas governamentais" e eram "altamente considerados" pelos cidadãos.

Estas sociedades floresceram durante centenas de anos e tinham uma maior distribuição de poder e riqueza que muitos outros exemplos examinados, afirmam os autores da pesquisa.

No entanto, embora as causas de seu declínio fossem variadas, se constatou que, em dado momento esses Estados "inexplicavelmente começaram a abandonar seus princípios básicos de construção do Estado, fundamentais para essas políticas, ao mesmo tempo ignorando seus papéis como líderes eficazes e exemplos morais."

Devido à corrupção dos líderes, esses impérios perderam a confiança do povo, pioraram a saúde fiscal e os serviços governamentais, diminuindo a capacidade das autoridades centrais de controlar o crime e a corrupção administrativa. Como resultado, houve um aumento de movimentos de oposição e polarização política.

"O fracasso moral da liderança neste ambiente social traz consigo uma calamidade, porque o sangue vital do Estado, sua base de recursos produzida pelos cidadãos, é ameaçado quando há uma perda de confiança no Estado, o que traz consigo divisão social, lutas, fuga e motivação reduzida para cumprir com as obrigações fiscais", constata o estudo.

Assim, os cientistas usam estes exemplos para recordar aos líderes atuais a dificuldade de manutenção de sistemas políticos sustentáveis, que presumem obrigações mútuas e honestas entre os cidadãos e o Estado.

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