Com dois bilhões de usuários por mês, o WhatsApp é o serviço de mensagens mais popular do mundo. Desde que a criptografia de ponta a ponta foi implementada em 2016, a maioria das pessoas acredita que o conteúdo de suas mensagens no WhatsApp está seguro. Mas há outros aspectos a considerar ao escolher uma plataforma de mensagens adequada, escreve a revista VICE Alemanha.
A privacidade do usuário e a proteção de dados não são mais a prioridade da empresa detida por Mark Zuckerberg, inclusive com os planos para fundir esse aplicativo com outros serviços pertencentes ao Facebook, como o Facebook Messenger e as mensagens diretas do Instagram, argumenta a mídia.
Um dos vários problemas do WhatsApp é pedir acesso ao seu número de celular e posteriormente requerer e receber acesso também a todos os contatos do mesmo para fazer chamadas, escrever mensagens de grupo ou fazer transmissões, o que é requerido pelos termos de serviço da plataforma. Os dados do aplicativo acabam por ser vinculados aos outros programas da empresa, incluindo, claro, o Facebook.
O WhatsApp também pode compartilhar suas informações com a polícia. O aplicativo em si não é uma ferramenta de aplicação da lei, mas sob certas circunstâncias, os agentes da lei podem solicitar suas informações ao serviço de mensagens.
Além disso, o WhatsApp pode não saber o conteúdo das mensagens que você está enviando, mas coleta praticamente todo o resto, incluindo como você interage com os outros no tempo, frequência e duração de suas atividades.
Dependendo de suas configurações de segurança, o WhatsApp poderá ver sua foto de perfil, seu nome, seu status e a hora em que foi "visto por último".
Rumo do aplicativo
VICE Alemanha também refere que Brian Acton, cofundador do WhatsApp, deixou a empresa em 2017 por preocupações com privacidade e monetização, após ser vendida ao Facebook por US$ 22 bilhões (R$ 121,9 bilhões) em 2014. É difícil confiar na gestão do WhatsApp sob Mark Zuckerberg, quando seu cofundador também não o faz, diz a mídia.
"Vendi a privacidade de meus usuários para um benefício maior", disse Acton à revista Forbes em 2018.
Em março desse ano, o ex-colega de Mark Zuckerberg deu uma mensagem simples no Twitter.
It is time. #deletefacebook
— Brian Acton (@brianacton) March 20, 2018
Está na hora. #deleteofacebook
O WhatsApp também pede às vezes que você quebre sua criptografia de ponta a ponta, devido a mensagens pop-up para fazer cópia de segurança para os serviços Google Drive ou iCloud, esses sem criptografia de ponta a ponta, como observa a página oficial de perguntas e respostas do aplicativo.
Como última razão apresentada pela revista, o código do WhatsApp não é público, impedindo que especialistas independentes possam examiná-lo cuidadosamente em busca de possíveis defeitos.
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)