O estudo foi realizado com participação de pesquisadores de 42 países, incluindo do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Segundo o relatório, é necessário acelerar a identificação das espécies ameaçadas para protegê-las a tempo. O documento destaca que 39,4% das plantas estão sob risco, ou seja, quase o dobro do estimado em 2016, quando estava em 21%. O estudo explica que o salto se deve à adoção de avaliações mais sofisticadas e abordagens mais precisas.
Entre as mais de 36 mil espécies de plantas catalogadas no Brasil, 3.934 estão ameaçadas, segundo a pesquisadora Rafaela Forzza, do Jardim Botânico do Rio. Segundo a bióloga, o número real é bem maior, mas faltam informações para avaliar a situação de parte das espécies catalogadas.
"As pessoas sabem que as baleias estão ameaçadas, que os golfinhos e os micos-leões-dourados estão ameaçados. Mas a sociedade é muito menos empática ao número de plantas ameaçadas. E as plantas nos cercam a todo momento. Nossa vida depende muito delas", disse a bióloga em entrevista para a Agência Brasil.
Segundo ela, ainda há muito a ser descoberto em países tropicais como o Brasil.
"Estamos destruindo uma biodiversidade que nem conhecemos ainda", alertou a pesquisadora.
As principais ameaças às plantas, segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza são a agricultura e aquicultura (32,8%), a utilização como recurso natural (21,1%) e modificações no habitat (10,8%). Já no caso dos fungos, o desenvolvimento de áreas comerciais e residenciais (18,7%) vem em primeiro lugar, seguido do uso como recurso natural (13,9%) e da agricultura e pecuária (12,9%).
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