Meteoritos raros ajudam a compreender formação do Sistema Solar

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Cientistas podem determinar aproximadamente onde e quando esses meteoritos raros se formaram medindo as razões isotópicas de elementos como oxigênio, titânio e cromo.

Quando o Sistema Solar se formou, há bilhões de anos, Júpiter criou uma fenda no disco de poeira e gás ao redor do Sol, dessa forma os corpos celestes formados perto do Sol eram diferentes dos que se formavam mais longe da estrela.

Cientistas descobriram meteoritos raros compostos por materiais de dentro e de fora da fenda. A descoberta, publicada esta semana no Proceedings of the National Academy of Sciences, pode ajudar a entender como o Sistema Solar se formou e como os planetas se formam em torno de outras estrelas.

Existe um consenso de que planetas nascem a partir de poeira e gás no disco que gira em torno de uma estrela jovem. "Se entendermos o transporte, podemos entender as propriedades do disco e inferir como os planetas foram construídos", afirmou Qing-zhu Yin, coautor do estudo, da Universidade da Califórnia, EUA, em comunicado à imprensa.

Allende e Karoonda

Trabalhos anteriores mostram que a composição dos meteoritos é dividida em dois grandes grupos: meteoritos carbonosos, que se originaram fora do Sistema Solar; e meteoritos sem carbono, que foram formados a partir de um disco mais próximo do Sol.

© Foto / Pixabay / mattcazCratera de meteorito (imagem referencial)
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Cratera de meteorito (imagem referencial)

A equipe de Yin realizou análises de isótopos de 30 meteoritos dos dois grupos distintos e encontraram encontrou evidências de meteoritos com material de meteoritos carbonosos e não carbonosos em dois corpos celestes. Especificamente, a equipe estudou o meteorito Allende, que caiu no México em 1969, e o meteorito Karoonda, que caiu na Austrália em 1930.

Essa descoberta sugere que, de uma forma ou de outra, o material do Sistema Solar interno pode ter cruzado a fenda para se formar com materiais do lado externo. Segundo os pesquisadores, existem duas explicações possíveis para a forma como isso aconteceu.

"Uma é que ainda havia movimento ao longo do plano intermediário do disco, embora devesse ter sido interrompido por Júpiter. A outra é que os ventos no Sistema Solar interno podem ter elevado as partículas sobre a lacuna de Júpiter", explicou o autor principal do estudo, Curtis Williams, também da Universidade da Califórnia.

Isso sugere que a barreira supostamente forte que se formou quando Júpiter surgiu pode não ser tão impermeável quanto se pensava.

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