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Interrupção da vacina de Oxford é um processo já previsto no protocolo de vacinação, segundo médico

© Folhapress / Allan CarvalhoUma seringa em alusão à vacina para o de combate ao Coronavírus (COVID-19), com uma representação do vírus ao fundo, fotografada nesta quarta-feira (15) na cidade do Rio de Janeiro.
Uma seringa em alusão à vacina para o de combate ao Coronavírus (COVID-19), com uma representação do vírus ao fundo, fotografada nesta quarta-feira (15) na cidade do Rio de Janeiro.  - Sputnik Brasil
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O estudo da vacina contra COVID-19 da Universidade de Oxford foi pausado nesta terça-feira (8) após uma suspeita de reação adversa séria em um participante do estudo.

Um porta-voz da AstraZeneca, empresa farmacêutica responsável pela vacina, disse para uma publicação do site Stat, veículo especializado em saúde e tecnologia, que o caso ocorreu com um voluntário no Reino Unido, e acrescentou que vai interromper os testes do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford em todo o mundo, incluindo no Brasil.

Em entrevista à Sputnik Brasil, o médico epidemiologista Guilherme Werneck, professor do Instituto de Medicina Social da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), explicou que interrupções em processos de testagem de vacinas é algo normal e até já previsto.

"Interrupções como a da vacina de Oxford são interrupções que já são previstas no protocolo de testagem de vacinas. Ou seja, toda vez que se observa um evento adverso inesperado e relativamente grave é necessário que seja interrompido a testagem para se avaliar até que ponto esse efeito tem relação direta com a vacina. É um processo que já é previsto no protocolo de vacinação", afirmou.

A AstraZeneca disse que está trabalhando para revisar o evento encontrado e minimizar qualquer possível impacto no cronograma. Guilherme Werneck disse que normalmente questões sobre efeitos colaterais em vacinas são resolvidas rapidamente.

"Em algum sentido isso levanta uma dúvida se esse tipo de efeito colateral está relacionado à vacina, mas eu diria que não temos até o momento uma previsão muito clara sobre o tempo que vai ser necessário para o esclarecimento desse problema. Em princípio essas questões são resolvidas rapidamente", disse.

Guilherme Werneck ainda lembrou que o efeito colateral encontrado pode não ter relação direta com a vacina.

"Se o efeito colateral não for comprovadamente relacionado à vacina, então os testes iriam ser retomados e o cronograma inicial teria um atraso muito pequeno. De forma que, se a vacina realmente se mostrar eficaz, é possível que ainda no primeiro semestre de 2021 essa vacina venha a ser aprovada e comece então a ser utilizada nos diferentes países, inclusive no Brasil", completou.

O Brasil participa dos testes da vacina da AstraZeneca através de parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

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