Criatura marinha de 400 milhões de anos via o mundo como insetos o veem (FOTO)

© Foto / Pixabay/ anaterateFóssil de um amonite (imagem referencial)
Fóssil de um amonite (imagem referencial) - Sputnik Brasil
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O animal em questão é um fóssil de trilobita que foi estudado por cientistas desde o século XIX, porém, ainda ninguém tinha entendido como seus olhos funcionavam.

Um trilobita que viveu há 429 milhões de anos possuía olhos desenvolvidos que lhe permitiam ver o mundo praticamente da mesma maneira que diversos insetos modernos, como abelhas e libélulas, sugere um estudo publicado pela Scientific American.

O artigo publicado nesta quinta-feira (13), recolhe indícios de uma evolução prematura do olho, processo detectado recentemente por dois paleontologistas da Alemanha e Reino Unido.

Os pesquisadores examinaram um exemplar fossilizado do trilobita Aulacopleura koninckii, encontrado no território checo no século XIX. O fóssil mede somente 1,2 centímetro, como uma abelha, e pertence a uma classe do reino animal que desapareceu por completo há 252 milhões de anos.

CC BY 4.0 / Schoenemann, B., Clarkson, E.N.K. / (cropped image)Organismo fossilizado do trilobita Aulacopleura koninckii
Criatura marinha de 400 milhões de anos via o mundo como insetos o veem (FOTO) - Sputnik Brasil
Organismo fossilizado do trilobita Aulacopleura koninckii

O espécime passou pelas mãos de muitos cientistas, mas somente agora os cientistas estabeleceram que possuía um olho com muitos pequenos receptores, cada um com células sensíveis à luz e uma lente para obter foco.

É pouco comum que um organismo fossilizado preserve estruturas celulares delicadas, especialmente os olhos, algo que a autora do descobrimento, a alemã Brigitte Schoenemann, destaca.

Ela e seu colega britânico, Euan Clarckson, determinaram que as estruturas internas dos receptores eram quase iguais às que se encontram em insetos modernos. A única diferença era que sua concentração era menos densa, o que provavelmente reduzia a quantidade de detalhes que o animal podia ver.

No entanto, todos os efeitos ópticos correspondem a um olho moderno.

"Durante muito tempo, se acreditava que no registro fóssil somente poderiam se conservar ossos, dentes e outros objetos duros", comentou a pesquisadora. "Poder distinguir estruturas celulares, especialmente nos olhos, é muito , muito raro e excepcional".

O estudo sobre este e outros trilobitas oferece pistas sobre a evolução posterior dos insetos e também de alguns animais marinhos modernos, como os camarões.

O artigo científico sobre essa descoberta foi publicado na revista Scientific Reports em 13 de agosto.

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