Crianças até 5 anos podem ser supertransmissoras de coronavírus, diz estudo

© AP Photo / Matilde CampodonicoCriança com máscara para se proteger do coronavírus no Uruguai
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Cientistas contrariam autoridades de saúde e provam que crianças com menos de cinco anos podem ter grandes cargas de coronavírus em seus narizes.

Pesquisadores nos EUA observaram 145 pacientes em uma cidade norte-americana durante cerca de um mês, descobrindo que a fraca mortalidade dos humanos mais jovens esconde uma surpresa.

As crianças com menos de cinco anos são um fator importante na transmissão do coronavírus devido ao vírus estar presente em níveis muito maiores nos narizes das crianças em comparação com outros grupos etários, concluiu um estudo publicado na revista cientifica JAMA Pediatrics.

Citados pelo portal Science Alert, os autores examinaram, entre 23 de março e 27 de abril, 145 pacientes com sintomas moderados de COVID-19, em Chicago, capital do estado de Illinois, EUA. Foram excluídos doentes com infeção severa devido a baixos valores de tomografia computadorizada (TC), pacientes com durações indeterminadas dos sintomas, bem como aqueles cujos sintomas se iniciaram mais de uma semana antes do estudo.

© REUTERS / Essam Al-SudaniTeste de coronavírus em Iraque
Crianças até 5 anos podem ser supertransmissoras de coronavírus, diz estudo - Sputnik Brasil
Teste de coronavírus em Iraque

Os pesquisadores dividiram os pacientes em três grupos. O primeiro teve 46 crianças com menos de cinco anos de idade, o segundo teve 51 crianças entre cinco e 17 anos de idade, e o terceiro teve 48 adultos entre 18 e 65 anos de idade.

"As diferenças observadas nos valores medianos da TC entre crianças pequenas e adultos se aproximam de uma quantidade dez a 100 vezes maior de SARS-CoV-2 no trato respiratório superior de crianças pequenas", relatou a equipe.

"Assim, as crianças pequenas podem ser agentes potencialmente importantes de propagação do SARS-CoV-2 na população em geral, como foi demonstrado com o vírus respiratório sincicial, onde as crianças com altas cargas virais são mais propensas a transmitir."

A pesquisa assim vai contra a percepção geral de que as crianças não só estão mais protegidas dos efeitos do vírus, como também não o espalham às outras pessoas.

Um estudo recente na Coreia do Sul descobriu que crianças entre dez e 19 anos de idade transmitiam a COVID-19 dentro dos lares tanto quanto adultos, mas que crianças menores de nove anos transmitiram o vírus a taxas mais baixas.

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