Explosão de raios gama das mais 'extremamente raras' é encontrada a 10 bilhões de anos-luz

© Foto / Pixabay / tombudImagem artística de explosão no espaço
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A explosão SGRB181123B, a mais brilhante das que teve seu brilho medido, foi detectada em 2018, mas teve de ser analisada para ser confirmada só agora.

Usando o Telescópio Gemini-Norte no topo da Mauna Kea no Havaí, EUA, astrônomos detectaram o brilho de uma curta explosão de raios gama (SGRB, na sigla em inglês) localizada a dez bilhões de anos-luz de distância, a segunda mais distante a ser registrada.

As SGRB são as explosões mais claras que ocorrem no Universo e acontecem quando estrelas binárias nascem, vivem, morrem e se juntam, se transformando em estrelas nêutrons que acabam se fundindo, escreve o portal Phys.org.

A SGRB181123B nasceu 3,8 bilhões de anos após o Big Bang, que criou o Universo, e é a mais distante das que teve seu brilho posteriormente medido.

As SGRB distantes são por natureza difíceis de observar, por serem "extremamente raras e muito tênues", segundo Wen-fai Fong, professor assistente da Universidade do Noroeste, EUA.

"Com as SGRB, você não vai detectar nada se chegar muito tarde. Mas de vez em quando, se você reagir com rapidez suficiente, você vai chegar a uma detecção realmente bela como esta."

O pesquisador se refere à observação da SGRB181123B, detectada em primeira mão pela NASA, a agência espacial norte-americana.

Após um processo que envolveu acesso ao Telescópio Gemini-Norte usando as observações do Observatório Neil Gehrels Swift da NASA, Kerry Paterson, a principal autora do estudo, afirmou que foi possível "obter observações profundas da explosão apenas horas após sua descoberta".

De acordo com Fong, o fato de uma curta explosão de raios gama ser detectada com essa idade sugere que a fusão de estrelas nêutrons pode ocorrer de forma bastante rápida em alguns casos.

"Acreditamos estar descobrindo a ponta do iceberg em termos de SGRB distantes. Isso nos motiva a estudar mais profundamente os eventos passados e a examinar intensamente os futuros", disse Paterson sobre o estudo, publicado na revista científica Astrophysical Journal Letters.

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