Âmbar conserva nova espécie de besouro de 39 milhões de anos (FOTO)

© Sputnik / Igor ZaremboRestos de miriápode, espécie de centopeia, fossilizada em âmbar, coleção do Museu do Ambar em Kaliningrado (imagem referencial)
Restos de miriápode, espécie de centopeia, fossilizada em âmbar, coleção do Museu do Ambar em Kaliningrado (imagem referencial) - Sputnik Brasil
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O inseto apresenta uma série de traços externos que o distinguem de seus parentes modernos.

Especialistas do Museu Zoológico da Universidade Estatal de Moscou encontraram em um pedaço de âmbar uma nova espécie extinta de besouro que viveu há 39 milhões de anos, informa o museu em um comunicado de imprensa.

A espécie, perfeitamente conservada, foi descoberta em uma amostra de âmbar encontrada na Ucrânia. Os especialistas a denominaram Telmatophilus sidorchulae, sendo muito semelhante à espécie moderna Telmatophilus typhae.

Este besouro apresenta uma série de traços externos que o distinguem de seu parente moderno, em particular antenas relativamente longas e patas mais próximas. "Este é o primeiro representante encontrado da espécie, pois somente se conheciam os besouros modernos deste gênero", disse o principal pesquisador do Museu Zoológico, Georgy Lubarsky.

"Felizmente, a peça de âmbar com o besouro é muito transparente. O inseto é claramente visível, é até mesmo possível observar os detalhes de sua estrutura", comentou o especialista.

Os entomólogos relacionaram a aparição da espécie Telmatophilus com a ampla disseminação de plantas semissubmersas (Typha e Sparhanium), fonte de alimentação destes insetos.

© Foto / Universidade Estatal de Moscou / G.Yu. Lyubarsky / E.E. PerkovskyÂmbar com besouro conservado há 39 milhões de anos
Âmbar conserva nova espécie de besouro de 39 milhões de anos (FOTO) - Sputnik Brasil
Âmbar com besouro conservado há 39 milhões de anos

Diferentemente de outros gêneros da família, os Telmatophilus passaram a se alimentar de plantas, enquanto o resto continuou comendo fungos e mofo.

Os dados obtidos pelos especialistas permitem reconstruir um período desconhecido da evolução dos organismos animais na segunda metade do Eoceno.

O âmbar é uma resina fossilizada proveniente de árvores que viveram há milhões de anos e que, posteriormente, ficaram debaixo do solo ou da água. Quando a resina ainda era flexível, no seu interior frequentemente ficavam "presos" pequenos insetos e plantas que, muito tempo depois, permanecem visíveis no âmbar petrificado translúcido, muito usado em joias.

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