Anãs brancas podem ser fontes de elemento essencial para a vida no Universo

© Foto / Pixabay / WikiImagesAnã branca
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Uma nova análise das estrelas no fim da vida, as anãs brancas, mostrou que estes astros muito pequenos, mas de grande densidade podem ser importantes fontes de carbono, elemento essencial para a vida.

De acordo com estudo publicado na revista Nature Astronomy, aproximadamente 90% de todas as estrelas na Via Láctea e em outras galáxias completam seu desenvolvimento em forma de anã branca, um remanescente estelar muito denso que se esfria e perde seu brilho gradualmente durante bilhões de anos.

Uma equipe internacional de cientistas concluiu que, antes de queimar completamente, as anãs brancas emitem suas cinzas no espaço circundante através dos ventos estelares, enriquecidos com elementos químicos, incluindo o carbono, recentemente sintetizados no interior profundo da estrela durante as últimas etapas antes de sua morte.

Desde 2018, especialistas analisaram e calcularam as massas de diversas anãs brancas.

"Usando a teoria da evolução estelar, pudemos remontar às estrelas progenitoras e derivar suas massas à nascença", explicou um dos autores do estudo, Enrico Ramirez-Ruiz.

Em geral, quanto mais massiva for a estrela ao nascer, mais massiva será a anã branca no momento de seu desaparecimento.

No entanto, a análise das anãs brancas recém-descobertas nos clusters abertos também produziu outro resultado. Segundo os cientistas, neste caso, as massas das anãs brancas analisadas foram notavelmente maiores do que o esperado, criando uma curva entre a massa inicial e final de uma estrela.

"Nosso estudo interpreta esta curva na relação de massa inicial e massa final como o processo de síntese de carbono feita por estrelas de baixa massa na Via Láctea", comenta a autora principal do estudo, Paola Marigo.

Os pesquisadores concluíram que as estrelas que são duas ou mais vezes maiores que o Sol emitiram carbono, enquanto nas estrelas menores que uma e meia massa solar esse processo não ocorreu.

Nas últimas fases de sua vida, as estrelas duas vezes maiores que o Sol produziram novos átomos de carbono em seus interiores aquecidos, sendo estes transportados à superfície e emitidos ao espaço através dos ventos solares.

Os especialistas destacaram que o processo de extração do manto externo, rico em carbono, ocorreu lentamente, permitindo que os núcleos destas futuras anãs brancas crescessem em massa.

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