Cientistas descobrem cores de insetos de há 99 milhões de anos preservados em âmbar

© Foto / Pixabay / Erik_KakitsFoto de vespa de cuco
Foto de vespa de cuco - Sputnik Brasil
Nos siga no
Pesquisadores da China examinaram fósseis de insetos pré-históricos, conseguindo revelar em alguns as cores que tinham quando eram vivos.

Cientistas chineses determinaram a cor de insetos pré-históricos em Mianmar através de análise de seu âmbar, e publicaram sua pesquisa na revista Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences.

Segundo relata o portal EurekAlert, é difícil determinar a cor de seres vivos pré-históricos devido à decomposição progressiva dos fósseis da espécie, mas os pesquisadores do Instituto de Geologia e Paleontologia de Nanjing da Academia de Ciências da China (CAS, na sigla em inglês) usaram âmbar birmanês para descobrir as cores de insetos de 99 milhões de anos.

"A cor exibida pelos fósseis pode muitas vezes ser enganosa, porque nanoestruturas finas responsáveis pela coloração podem ser alteradas durante a fossilização. No entanto, a cor original dos fósseis pode ser reconstruída usando modelagem teórica", escreve a equipe em seu trabalho.

A equipe reuniu 35 espécimes de âmbar contendo insetos antigos, principalmente vespas de cuco e vespas calcídeas, que possuíam intensas cores estruturais, as que fazem as penas de pavões e as escamas de borboletas parecerem iridescentes, tais como verde-azul, verde-amarelo, azul-púrpura ou mesmo verde vibrante.

"O tipo de cor preservado nos fósseis de âmbar é chamado de cor estrutural, que é causada pela estrutura microscópica da superfície do animal", explicou o paleontólogo Pan Yanhong.

Os pesquisadores também teorizaram que a razão pela qual alguns fósseis de insetos em âmbar não retêm sua coloração no interior é devido à danificação das estruturas cuticulares que criam as cores estruturais.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала