Um disco protoplanetário é um disco circunstancial de gás e poeira formado ao redor de uma estrela jovem. Dentro destes discos, são produzidos os processos físicos que levam à formação de planetas e até sistemas planetários inteiros.
Além disso, os discos de Peter Pan, descobertos em 2016, vivem entre cinco e dez vezes mais que seus irmãos. Pesquisadores britânicos explicaram a que se deve este fenômeno, segundo o portal Science Daily.
Durante o experimento, astrofísicos utilizaram simulações computadorizadas para observar uma gama de possíveis configurações iniciais e formas nas quais o disco poderia evoluir para, então, encontrar a combinação de condições necessárias para a formação de um disco de Peter Pan.
Estas condições são denominadas como "parâmetros da Terra do Nunca", em referência a uma ilha fictícia do filme "Peter Pan".
Titã, que é a segunda maior lua do Sistema Solar, é um corpo celeste único que atrai grande atenção da comunidade científicahttps://t.co/YbwWHYgcoe
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) June 11, 2020
Ao examinar os dados, os autores do estudo concluíram que os discos deste tipo são formados apenas em ambientes solitários, longe de outras estrelas.
O astrofísico Gavin Coleman explicou que os discos de Peter Pan "precisam estar muito isolados de seus vizinhos estelares, uma vez que a radiação de outras estrelas explodiria estes discos. Também devem começar de forma massiva, possuindo mais gás a perder e, portanto, podem viver por mais tempo".
Por sua vez, o pesquisador Thomas Haworth afirmou que a descoberta ajudará a "compreender melhor a evolução do disco e a formação de planetas em geral".
"Um ponto interessante é que os discos de Peter Pan até agora foram encontrados apenas em torno de estrelas de baixa massa e estas estrelas geralmente hospedam muito planetas", adicionou.