Através de observações, pesquisadores foram capazes de calcular quanta matéria existia antes do Big Bang. Contudo, o resultado apresentava um problema – havia uma grande discrepância entre quanta matéria deveria haver, e quanto era possível identificar, revela publicação do portal Newsweek.
Acredita-se que a matéria que falta está localizada no espaço intergaláctico – nos vazios entre galáxias – e cientistas estão usando diferentes técnicas para localizá-la.
No ano passado, por exemplo, pesquisadores, usando o observatório de raios X Chandra, afirmaram ter rastreado este mistério, sugerindo que a matéria estaria recolhida em enormes filamentos de gás nestes espaços vazios.

Em um estudo publicado na revista Nature, astrônomos liderados por Jean-Pierre Macquart, da Universidade Curtin (Austrália), usaram rajadas rápidas de rádio (FRB, na sigla em inglês) – misteriosos sinais do espaço profundo – para identificar a matéria em falta.
"A partir de medições do Big Bang sabemos quanta matéria existia no começo do Universo", comentou Macquart. "Porém, quando olhamos o Universo atual, não podemos encontrar metade do que deveria estar lá [...]."
Pesquisadores envolvidos no estudo foram capazes de usar estas rajadas de rádio como "estações espaciais de pesagem". A medição das distâncias entre as rajadas rápidas de rádio os possibilitou desvendar a densidade do Universo. "As rajadas rápidas de rádio e suas localizações em galáxias distantes foram as principais descobertas necessárias para resolver este mistério", afirmou J. Xavier Prochaska, um dos autores envolvidos no estudo.
A radiação destas rajadas está espalhada pela matéria desaparecida do Universo "da mesma forma que se observa a luz do sol se separar e um prisma", agregou Macquart.
O cálculo da quantidade de matéria observada nas rajadas rápidas de rádio se encaixa nas observações do Universo anterior ao Big Bang. "A exatidão entre modelo e dados é fantástica", salientou a equipe de pesquisadores.
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