Cientistas russos propõem criar 'balas nucleares' para tratar câncer cerebral

© Sputnik / Tatiana Makeeva / Acessar o banco de imagensMédico analisando exame de paciente com COVID-19 na clínica da Universidade Estatal de Moscou, Rússia
Médico analisando exame de paciente com COVID-19 na clínica da Universidade Estatal de Moscou, Rússia - Sputnik Brasil
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Cientistas de instituto de pesquisa russo pretendem criar medicamentos conjugando anticorpos e radioisótopos para atacar as células cancerígenas no cérebro.

Cientistas russos do Instituto de Física e Energia Leipunskiy, em Obninsk, desenvolveram um método radiofarmacêutico que poderia ser usado para tratar formas graves de tumores malignos, incluindo o câncer cerebral.

Além do câncer do cérebro, se acredita que sua terapia inovadora ajude a curar o câncer da mama e do pulmão, melanoma e neuroblastomas. Metade destes tipos de tumores são geralmente detectados muito tarde, quando o tratamento conservador não é mais eficaz.

A superfície de muitas células cancerígenas é repleta de numerosas moléculas, chamadas de gangliosídeos GD2 ou antígenos GD-2. Anteriormente, outros cientistas já provaram a capacidade dos gangliosídeos GD2 de desencadear o "suicídio" de células tumorais sob a ação de anticorpos - moléculas produzidas por células do sistema imunológico.

Os cientistas russos acreditam que a terapia radio-imune pode ser eficaz no tratamento de tumores. Comparado à terapia tradicional com radionuclídeos, este método utiliza não só radiação ionizante, mas também uma molécula portadora de um radioisótopo que ajuda a tratar o câncer. Os radiofármacos para diagnóstico precoce e terapia radio-imune dessas formas de câncer ainda não existem. A equipe do instituto começou a trabalhar em propostas para o seu desenvolvimento.

O projeto envolve a criação de medicamentos especiais baseados no gálio radioisótopo-68 para testes radio-imunes, e aqueles contendo os isótopos actínio-225 (Ac-225) e o bismuto-213 (Bi-213), para implementar a terapia. Este último também incluirá anticorpos que atacam os gangliosídeos GD2, como balas que atingem um alvo.

Os pesquisadores planejam obter uma substância farmacêutica com a dose de isótopos necessária para produzir um medicamento inovador. Espera-se que o efeito terapêutico do medicamento seja potencializado pela sinergia dos anticorpos e da radiação ionizante dirigida dos radionuclídeos "ligados" aos anticorpos.

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