Dois buracos negros 'dançantes' criam imenso clarão mais brilhante que trilhão de estrelas (VÍDEO)

CC BY 4.0 / ESA / Hubble, M. Kornmesser / Buraco negro supermassivo no coração da uma galáxia espiral NGC 3147 (imagem artística)
Buraco negro supermassivo no coração da uma galáxia espiral NGC 3147 (imagem artística) - Sputnik Brasil
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Pela primeira vez, os astrônomos conseguiram observar dois buracos negros massivos que, por causa de seu movimento, parece que estão envolvidos em uma dança no centro da galáxia OJ 287.

As imagens foram captadas pelo telescópio espacial Spitzer, da NASA, e os resultados da pesquisa foram publicados na revista Astronomy & Astrophysics.

A galáxia OJ 287, que se encontra a cerca de 3,5 bilhões de anos-luz da Terra, abriga dois buracos negros envolvidos em uma dança sem fim. O buraco negro supermassivo no centro da galáxia é aproximadamente 18 bilhões de vezes mais massivo que o Sol – um dos maiores buracos negros descobertos até agora. Seu companheiro de 'dança' é mais pequeno, é apenas 150 milhões de vezes maior que o Sol.

O telescópio se localiza no deserto de Atacama, no Chile, e com sua ajuda os cientistas conseguiram ver que o buraco negro maior está rodeado por um disco de gás. Além disso, é possível ver como outro buraco negro mais pequeno, que orbita o maior, chega a colidir com o disco criando um clarão tão reluzente que supera o brilho gerado por um trilhão de estrelas.

Devido a física complexa do sistema, a órbita do buraco negro menor é afetada, o que provoca uma série de erupções irregulares. Pesquisadores analisaram que o buraco negro colide com o disco de gás por várias ocasiões em cada órbita de 12 anos.

Um novo estudo demonstra que as previsões dos cientistas relativamente ao tempo das colisões seguintes com o disco estavam certas.

"Quando verifiquei pela primeira vez a visibilidade da OJ 287, fiquei chocado ao descobrir que ela se tornou visível para o [telescópio] Spitzer no dia exato em que estava prevista a ocorrência do próximo clarão", disse em comunicado Seppo Laine, cientista do Instituto de Tecnologia da Califórnia.

"Nós tivemos muita sorte ao conseguir captar o auge deste clarão com o [telescópio] Spitzer, porque nenhum outro instrumento construído por humanos seria capaz de alcançar este feito naquele momento específico", afirmou Laine.

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