Haveria maneiras de ir enganando o coronavírus, diz cientista russo

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Investigador da Academia de Ciências da Rússia sugere que, enquanto se aguarda uma vacina, pode ser possível ir enganando o coronavírus recorrendo à engenharia genética.

Sergei Nedospasov, acadêmico e diretor do Laboratório de Mecanismos Moleculares de Imunidade do Instituto de Biologia Molecular V.A. Engelhardt, falou, em entrevista ao canal de televisão RT, sobre a possibilidade de "enganar" o novo coronavírus através de métodos de engenharia genética.

Engenharia genética

De acordo com o cientista, para criar uma vacina que evite a COVID-19, é necessário recorrer a tecnologias genéticas e, para criar os modelos pré-clínicos, pode ser necessário editar o genoma.

"Até agora, nada foi detectado neste vírus que nos faça duvidar da possibilidade de obter uma vacina", afirmou o acadêmico, advertindo contudo para o fato de serem necessários vários meses de investigação e testes clínicos completos, o que requererá mais de um ano.

Nedospasov relembrou que pacientes com COVID-19 podem ser curados recorrendo a transfusão de plasma, salientando contudo a desvantagem deste método, a de poder transmitir outra infecção ao paciente.

Anticorpos naturais ou artificiais?

A solução para este problema, segundo o cientista, estaria no uso de "preparações purificadas de anticorpos específicos do sangue de pacientes curados".

Nedospasov explicou que existe outra forma de se obter a cura para o novo coronavírus - a criação artificial de anticorpos neutralizantes, ressalvando no entanto que a proteção do organismo nesse caso seria temporária, elegendo por isso a vacinação como a opção mais confiável.

Vacinação, melhor opção

"Com um vacinação bem-sucedida, não só se formam anticorpos neutralizantes, mas também linfócitos que produzem esses anticorpos, proporcionando memória imunológica e a proteção durante muitos anos", garantiu Nedospasov.

A pandemia do novo coronavírus SARS-CoV-2, que provoca a doença COVID-19, já se espalhou por quase todo o mundo. De acordo com os últimos dados hoje (26) divulgados, já foram infectadas no mundo 2.898.703 pessoas, havendo a registrar 203.043 óbitos.

Os Estados Unidos, a Espanha e a Itália são os países com o maior número de infecções e mortes, ocupando a Rússia o décimo lugar em número de infectados - 74.588 pessoas, registrando-se 681 óbitos e 6.250 pacientes curados.

Na maior parte do país funciona o regime de isolamento social, tendo em algumas regiões sido introduzido o sistema de autorizações para circular na rua. Os russos foram exortados a permanecer confinados em casa.

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