'Tempestade cósmica' capaz de destruir uma galáxia inteira é descoberta em quasar distante

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Uma equipe de astrônomos do Observatório Internacional Gemini descobriu o quasar distante mais ativo já registrado, conhecido como SDSS J135246.37+423923. Ele está localizado a 60 bilhões de anos-luz da Terra.

Buracos negros supermassivos que ficam no centro das galáxias distantes, os quasares estão entre os objetos mais brilhantes e energéticos do Universo.

Ao sugar a matéria de suas galáxias vizinhas, os quasares aquecem os materiais ao seu redor, criando discos superaquecidos que emitem "ventos" por pressão magnética e radiação.

Esses ventos são tão poderosos que reduzem a formação de estrelas em volta do núcleo galáctico. O fluxo de energia criado pelo quasar tem 13% da velocidade da luz e carrega grandes quantidades de energia e, por isso, pode afetar consideravelmente a formação estelar ao atingir uma galáxia inteira.

O estudo, publicado em março na revista The Astrophysical Journal, foi realizado por uma equipe de pesquisadores da Western University, no Canadá. A equipe utilizou o telescópio Gemini North, no Havaí, para detectar o vento mais poderoso já registrado.

"Embora ventos de alta velocidade tenham sido observador anteriormente em quasares, eram finos e insignificantes, carregando apenas uma quantidade relativamente pequena de massa [...] O fluxo deste quasar varre uma tremenda quantidade de massa a velocidades incríveis", comunicou Sarah Gallagher, astrônoma e principal autora do estudo.

O quasar SDSS J135246.37+423923.5 é produzido por um buraco negro supermassivo com 8,6 bilhões de vezes a massa do Sol. Segundo os pesquisadores, seus ventos podem atingir até 30 mil quilômetros por segundo, ou 136,8 milhões de quilômetros por hora.

"Não sabemos quantos desses objetos extraordinários existem em nossos catálogos de quasares que ainda não conhecemos [...] É possível que existam mais desses quasares com vazão extremamente poderosa, mas escondida das nossas pesquisas", completa Hyunseop Choi, da Universidade de Oklahoma, que também colaborou no estudo.

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