Coronavírus pode sobreviver por muito tempo a altas temperaturas, revela estudo

© REUTERS / Kai PfaffenbachUm agente faz um teste rápido para o coronavírus em Frankfurt, Alemanha (imagem referencial).
Um agente faz um teste rápido para o coronavírus em Frankfurt, Alemanha (imagem referencial). - Sputnik Brasil
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Uma equipe de cientistas franceses revelou que o novo coronavírus precisa ser exposto a temperaturas perto da ebulição da água para matá-lo, e para se assegurar que não restaram partículas virais infecciosas vivas.

Teorias anteriores que afirmavam que ambientes mais quentes iriam eliminar o coronavírus foram ainda mais desacreditadas pelo novo estudo realizado por cientistas franceses da Universidade de Aix-Marselha, publicado no sábado (11) no portal científico bioRxiv.

Na pesquisa, o professor Remi Charrel e colegas da Universidade de Aix-Marselha especificaram que o coronavírus pode ser aquecido a 60 graus Celsius por uma hora e mesmo assim algumas estirpes sobrevivem, podendo posteriormente se replicar.

Esta regra de 60 graus e 60 minutos tem sido usada há muito tempo em ambientes laboratoriais para eliminar vírus mortais tais como ebola, aponta South China Post.

No entanto, quando o vírus foi exposto a uma temperatura de 92 graus Celsius por 15 minutos ele se tornou completamente inativo. Enquanto o aquecimento de 60 graus poderia resultar em uma desativação de uma parcela com a carga viral baixa, o teste de 92 graus provou ser mais eficaz.

O portal salientou que há uma demanda elevada para realização de testes da COVID-19, e, sendo que alguns dos testes estão sendo feitos em laboratórios com menos proteção, as amostras do novo coronavírus foram destruídas, escreve portal The Nation.

"Os resultados apresentados neste estudo poderão ajudar a escolher as orientações mais adequadas a fim de evitar a exposição do pessoal de laboratório responsável pela detecção direta e indireta de SARS-CoV-2 com finalidade diagnóstica", apontam os autores do estudo.

Na semana passada, a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos publicou um relatório dirigido à Casa Branca em que explicou que as temperaturas mais quentes no verão teriam pouco impacto sobre a propagação do novo coronavírus nos EUA.

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