'Lobo com pele de cordeiro': como coronavírus consegue enganar nosso corpo?

© REUTERS / NIAID-IRFMicrofotografia de partículas de coronavírus na célula de uma pessoa infectada
Microfotografia de partículas de coronavírus na célula de uma pessoa infectada - Sputnik Brasil
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O novo coronavírus não tem uma camada de proteção tão densa como o HIV, o que indica que não é tão difícil de combater pelo sistema imunológico, segundo uma pesquisa.

O SARS-CoV-2, vírus que provoca a COVID-19, usa glucanos, ou açúcares, para se infiltrar nas células do corpo humano e assim enganar o sistema imunológico, segundo Max Crispin, professor na Universidade de Southampton, Reino Unido, e autor principal de um estudo divulgado na quarta-feira (8) no bioRxiv, repositório online de estudos.

Segundo a publicação, o novo coronavírus não está tão bem protegido como alguns outros vírus, que têm como característica serem "lobos com pele de cordeiro". Por exemplo, o HIV usa uma camada glicêmica "realmente densa" como escudo contra o sistema imunológico.

"[...] No caso do coronavírus, a menor blindagem de açúcares de que dispõe pode significar que se trata de um vírus de 'atropelamento e fuga', passando de uma pessoa para outra. Por isso, a menor densidade de glucanos significa que existe menos dificuldade para o sistema imunológico neutralizar o vírus com anticorpos", diz Crispin.

© Foto / Max Crispin/University of SouthamptonMapeamento da estrutura dos glucanos do coronavírus
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Mapeamento da estrutura dos glucanos do coronavírus

A menor presença de oligomanose (tipo de glucano) nas células do novo coronavírus ajuda o corpo em combater a infeção.

"Esta é, portanto, uma mensagem muito encorajadora para o desenvolvimento de vacinas [para a doença]", conclui o autor.

O surto do novo coronavírus foi declarado como pandemia pela Organização Mundial da Saúde em 11 de março, e já infetou cerca de 1,5 milhão de pessoas por todo o mundo. Houve até agora 89.435 mortes e 336.780 recuperações, de acordo com a Universidade Johns Hopkins norte-americana.

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