O governo britânico manterá negociações com representantes das redes sociais Facebook, WhatsApp, YouTube e Twitter depois que em várias partes do país torres de telefonia móvel foram incendiadas, em meio a uma teoria que vincula as redes 5G com a pandemia do coronavírus, segundo informou neste domingo (5) o jornal The Guardian.
Ao menos 20 torres de telefonia móvel foram incendiadas ou destruídas nos últimos dias no Reino Unido. Um destes incidentes ocorreu em 4 de abril em Liverpool, cujo prefeito, Joe Anderson, chegou a receber ameaças após qualificar como "estranhos" os rumores sobre a conexão entre a tecnologia 5G com o coronavírus.
Técnicos que trabalham na instalação das torres também enfrentam ameaças físicas e verbais por parte das pessoas que acreditam que a radiação da tecnologia 5G causa riscos à saúde e enfraquece o sistema imunológico.
Na terça-feira (7), o gigante tecnológico Google anunciou que eliminará do YouTube qualquer vídeo que difunda a ideia de que existe uma conexão entre 5G e coronavírus.
Há motivos para entrar em pânico?
Não existe nenhuma prova de que a rede 5G possa causar sintomas do coronavírus ou prejudicar a saúde de qualquer outra forma.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) não encontrou provas de que o uso de telefones tenha efeito prejudicial à saúde. Para causar danos a células do corpo humano é necessária uma radiação ionizante muito mais potente, por exemplo, a dos raios gama.
"[Esta teoria] é uma completa e absoluta mentira, não há sentido: é o pior tipo de notícia falsa", comentou o diretor do Serviço Nacional de Saúde britânico, Stephen Powis.
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