Este detalhe desafia a teoria de a mancha do gigante gasoso esteja em perigo de desaparecimento, segundo novas análises recolhidas por pesquisadores da Universidade Aix-Marselha.
O maior planeta do Sistema Solar foi descoberto em 1610 por Galileu Galilei que também descobriu três satélites de Júpiter. Já a Grande Mancha Vermelha foi observada pela primeira vez cerca de 200 anos mais tarde por Samuel Heinrich Schwabe. Desde então, a mancha ganha a atenção de astrônomos.
Nos últimos anos, ficou claro que a mancha estava diminuindo. Antigamente, a Grande Mancha Vermelha de Júpiter tinha cerca do triplo do tamanho da Terra, agora tem só o dobro do tamanho. A diminuição levou astrônomos a se questionar se a tempestade que cria este traço único em Júpiter estaria se acalmando e se algum dia desapareceria por completo.
Jupiter's Great Red Spot — a storm wider than Earth that's been raging for at least 350 years — may not be disappearing after all. https://t.co/whbr1bYwpV
— Astronomy Magazine (@AstronomyMag) March 18, 2020
A Grande Mancha Vermelha de Júpiter – uma tempestade mais vasta do que a Terra que está ativa há pelos menos 350 anos – pode não desaparecer no fim das contas.
Em estudo recém-publicado no jornal Nature Physics, pesquisadores procuraram saber mais sobre a espessura da mancha, o que poderia fornecer pistas sobre a força da tempestade, e se havia probabilidade de a mancha vermelha sumir.
As duas sondas espaciais Voyager passaram pelo planeta em 1979, oferecendo a oportunidade de medir a Grande Mancha Vermelha. Cientistas do novo projeto querem compreender se a espessura mudou desde então.
Porém, devido à atmosfera opaca, é impossível medir diretamente a espessura da mancha, o que obrigou os astrônomos a usar meios indiretos, criando modelos matemáticos e simulações numéricas, inclusive construindo um modelo da Grande Mancha Vermelha – um vórtice em um tanque de vidro acrílico em água salgada.
Ao comparar os resultados do trabalho, pesquisadores conseguiram chegar à conclusão de que a mancha tem cerca de 170 quilômetros de espessura, sendo estes resultados muito próximos dos obtidos pelas sondas Voyager, sugerindo que a espessura se mantém relativamente estável.
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