A descoberta ocorreu no sítio arqueológico de arte rupestre de Teymareh, no Irã, e vem relatada em um estudo de pesquisadores iranianos publicado no Journal of Ortophera Research e retrata uma criatura com seis membros, meio homem meio louva-a-deus.
Enquanto os petróglifos retratam frequentemente animais maiores, já este, representando uma criatura de seis patas que parecia ser um invertebrado, é bem mais raro.
A unique rock carving has been found in the Teymareh rock art site (Khomein county) in Central #Iran. #Archaeology https://t.co/5g8iMM0f7b
— Ancient Pages (@AncientPages) March 16, 2020
Uma gravura única talhada em rocha foi encontrada no sítio de arte rupestre de Teymareh (distrito de Khomein), no Irã Central
Os louva-a-deus fascinam os humanos há milhares de anos, sendo considerados insetos com poderes proféticos e sobrenaturais em algumas civilizações antigas.
"Os louva-a-deus tinham grande valor para o povo mesopotâmico. No Livro Egípcio dos Mortos (escrito em papiro, 1555-1350 a.C.), aparecem como uma divindade menor do submundo e um guia que acompanha os mortos em seu caminho", refere-se no estudo.
Os entomologistas juntaram-se por isso aos arqueólogos na tentativa de identificar a figura gravada (petróglifo) comparando-a com outras de seis patas ao redor do mundo, pois a arte rupestre esteve presente desde cedo na história da humanidade, datando-se os achados mais antigos desse tipo de arte do período Paleolítico Superior (aproximadamente 40.000 a.C.).
A pequena gravura de 14 centímetros de altura foi encontrada pela primeira vez durante escavações em 2017 e 2018, mas não pôde ser identificada devido à sua forma incomum.
As seis extremidades sugerem um inseto, enquanto a cabeça triangular com olhos grandes e antebraços que agarram são aparentemente de um louva-a-deus, um inseto predador que caça e captura presas como moscas, abelhas e até pequenas aves.
Uma extensão na sua cabeça ajuda mesmo a reduzir a identificação a um gênero particular de louva-a-deus originário da região onde foi encontrada a gravura, a de Empusa.
Segundo os autores, a gravura atesta que nos tempos pré-históricos, os louva-a-deus eram animais ligados ao misticismo.
Mas mais misteriosas são as extremidades do meio, que terminam em laços ou círculos. O paralelo mais próximo em arqueologia é o "Squatter Man", uma figura petróglifa encontrada em todo o mundo representando uma pessoa ladeada por círculos.
Atualmente, face às sanções impostas ao Irã, é impossível precisar com exatidão a época do petróglifo, por impossibilidade de usar materiais radioativos necessários para a datação por radiocarbono.
Os autores do estudo, contudo, estimam que a gravura tem uma idade entre 40.000 e 4.000 anos.
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