Teoria inédita sugere novas origens do campo magnético da Terra

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Um grupo de cientistas, liderado pelo professor Lars Stixrude, utilizou pela primeira vez cálculos de mecânica quântica para prever a condutividade do líquido de silicato nas condições basais do oceano de magma.

Uma nova pesquisa dá credito a uma narrativa pouco ortodoxa da história dos primeiros tempos da Terra, proposta pela primeira vez por um geofísico da Scripps Institution of Oceanography da Universidade da Califórnia, em San Diego.

O estudo que foi publicado no dia 15 de março na revista Earth and Planetary Science Letters pelos cientistas Dave Stegman, Leah Ziegler e Nicolas Blanc da mesma instituição fornece novas estimativas para a termodinâmica da geração de campos magnéticos dentro da parte líquida do manto da Terra primitiva e mostra durante quanto tempo esse campo esteve disponível.

O artigo científico oferece uma "oportunidade de abrir portas" para resolver inconsistências na narrativa dos primeiros dias do nosso planeta.

"Atualmente não temos uma grande teoria unificadora sobre como a Terra evoluiu termicamente. Não temos este enquadramento conceitual para compreender a evolução do planeta. Esta é uma hipótese viável", disse Stegman.

Estes estudos representam os últimos desenvolvimentos feitos em uma mudança de paradigma que poderia alterar a forma como a história da Terra é entendida.

O princípio fundamental da geofísica tem sido a teoria que o núcleo externo líquido da Terra sempre foi a fonte do efeito dínamo que gera o seu campo magnético. Os campos magnéticos são formados na Terra e em outros planetas que têm núcleos líquidos e metálicos, giram rapidamente e experimentam condições que tornam possível a convecção do calor.

Em 2007, pesquisadores franceses propuseram um desvio radical da suposição de dados de que o manto da Terra estava sempre no estado completamente sólido desde os primeiros dias de existência do planeta.

Mais tarde esta ideia foi desenvolvida pelos investigadores Ziegler e Stegman ao publicar o primeiro trabalho que demostra como esta parte do manto inferior que estava líquida, em vez de núcleo, poderia ter excedido os limiares necessários para criar o campo magnético da Terra durante esse tempo.

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