Cientistas afirmam que constelações de satélites podem prejudicar astronomia

© Sputnik / Ilia Pitalev / Acessar o banco de imagensProtótipo do satélite Glonass-K
Protótipo do satélite Glonass-K - Sputnik Brasil
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Diversas empresas estão desenvolvendo grandes sistemas de satélites para comunicação, o que envolve lançar milhares de novos aparelhos na órbita da Terra.

Agora, pesquisadores descobriram que estes projetos poderiam causar um impacto negativo nas observações dos astros. Muitos especialistas da comunidade astronômica receiam sobre o impacto dos novos satélites em suas pesquisas.

A Agência Espacial Europeia considera que existem 5.500 satélites artificiais na órbita de nosso planeta, dos quais 2.300 ainda funcionam. Porém, a SpaceX, por exemplo, planeja lançar doze mil satélites no quadro de seu projeto Starlink de grandes constelações de satélites, revela a publicação Newsweek.

Oliver Hainaut e Andrew Williams, pesquisadores do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) analisaram o potencial impacto de 18 constelações de satélites, atualmente em desenvolvimento pela SpaceX e outras empresas.

Para o estudo – que foi publicado no portal Astronomy & Astrophysics – os pesquisadores consideraram um total de 26 mil constelações de satélites em órbita da Terra. Contudo, eles salientam que o número pode ser alterado futuramente.

Os pesquisadores descobriram que projetos como o da empresa de Elon Munsk terão grande impacto nas pesquisas realizadas com telescópios - dependendo do período do ano e horário do dia – como as do observatório Vera C. Rubi, atualmente em construção no Chile.

"Os satélites costumavam ser um pequeno contratempo. Eles eram poucos, então cruzamentos de um satélite com nosso campo de visão eram raros. Conforme seus números aumentam, os satélites se tornaram um componente da poluição luminosa, assim como a luz das ruas", afirmou Hainaut à Newsweek.

Hainut e Williams estimam que sendo os telescópios instrumentos essenciais para observar fenômenos astronômicos como supernovas e asteroides potencialmente perigosos, entre 30% e 50% das exposições dos telescópios poderiam ser fortemente afetadas.

Os pesquisaram avaliam que esta pesquisa é somente um começo para novos estudos na área.

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