Vida curta: revelado detalhe nos homens que os faz viver menos que mulheres

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De acordo com um estudo, a razão da vida mais curta observada entre os homens poderia estar relacionada com mais do que simplesmente diferentes opções de vida relativamente às mulheres.

É bem conhecido que os homens têm em média uma vida mais curta que a das mulheres, sendo frequentemente explicada pelos comportamentos de vida mais arriscados entre os seres humanos com os cromossomos X e Y, tais como conduzir rápido, embriaguez ou simplesmente fazer mais trabalho físico. Inclusive, há previsões que os homens desapareçam eventualmente em um futuro distante.

Segundo um artigo divulgado no portal Phys.org, uma equipe de biólogos da Universidade de Nova Gales do Sul, Austrália, liderada pela doutoranda Zoe Xirocostas e em conjunto com Susan E. Everingham e Angela T. Moles, explica que a razão da vida masculina ser mais curta que a das mulheres pode estar mesmo nas características associadas ao cromossomo Y exclusivo aos homens, e não só devido aos chamados papéis de género.

Detalhes da hipótese

O estudo publicado na quarta-feira (4) na revista Biology Letters propõe que o próprio cromossomo Y seria incapaz de proteger inteiramente o cromossomo X de mutações negativas, algo que acontece com os homens devido a terem corpos heterogâmicos, uma característica que partilham com as fêmeas de pássaros, borboletas e mariposas, que possuem cromossomos Z e W. Em geral, os seres vivos heterogâmicos vivem uma média de 17,6% menos que os seres monogâmicos.

Já as mulheres possuem um par de cromossomos X, o que permite um cromossomo defeituoso ser "reparado" pelo outro. O cromossomo Y é mais pequeno e por vezes ausente, diz o estudo, o que o impede de "esconder" um cromossomo X que sofra de mutações perniciosas.

Se presentes, elas levam a problemas de saúde no indivíduo. Entre as espécies com fêmeas monogâmicas, elas vivem em média 20,9% mais que os machos heterogâmicos. Apesar de tudo, tem sido observado que, pelo menos entre os humanos, as mulheres vivem com mais problemas de saúde que os homens ao longo da vida.

As cientistas também descobriram que os machos monogâmicos (com dois cromossomos Z) vivem só cerca de 7% mais que as fêmeas da mesma espécie, uma diferença de dimorfismo surpreendente, que elas tentam explicar com os efeitos secundários da seleção sexual, o grau de degradação do cromossomo Y e a dinâmica telomérica.

Além disso, os cromossomos Z estão desprotegidos, mas a equipe de pesquisa não considerou isso como fator que limite a "vantagem" masculina com uma combinação ZZ em comparação com a "vantagem" feminina da combinação XX.

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