Enquanto muitos imaginam que a Via Láctea seja um disco achatado, de fato ela possui um formato parecido com a letra "S". Suas bordas exteriores aparentemente estão distorcidas em relação ao interior do disco, curvando ligeiramente para cima em seu fim, ao mesmo tempo em que sua outra extremidade se curva para baixo.
A deformação é visível na distribuição de estrelas, poeira e gás na galáxia. A orientação da teia – ou sua precessão, como astrônomos a chamam – também muda ao longo do tempo, revela a publicação Newsweek.
Pesquisadores têm debatido o que causa esta deformação, sugerindo diversas hipóteses para explicá-la, como a influência de um anel de matéria escura envolvendo a galáxia, ou um campo magnético intergaláctico.
Contudo, análises de informações coletadas pelo Observatório Gaia da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) revelaram que a taxa de precessão é muito mais rápida do que se imaginaria se fosse causada por uma dessas teorias. As descobertas foram publicadas no jornal científico Nature Astronomy.
Pesquisadores consideram que muito provavelmente uma rápida velocidade de distorção ocorre devido a uma colisão da Via Láctea com outra galáxia – um evento que envolveria grandes forças gravitacionais capazes de alterar o formato do disco galáctico.
De acordo com astrônomos, ainda não é claro qual galáxia poderia ser a responsável por esses fenômenos espaciais, ou quando esta colisão poderia ter iniciado. Uma potencial candidata poderia ser a galáxia anã Sagitário, que orbita a Via Láctea a 65 mil anos-luz de nosso planeta.
Acredita-se que esta galáxia já tenha se encontrado com a Via Láctea anteriormente. Por exemplo, um estudo publicado no jornal Nature em 2018 sugere que Sagitário e a Via Láctea quase colidiram entre 300 e 900 milhões de anos atrás.
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