Confira o que cérebro de abelhas tem em comum com o de humanos

© Sputnik / Igor PodgornyGrupo de abelhas está fazendo mel
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Segundo cientistas, existem semelhanças entre a atividade cerebral das abelhas-europeias e a dos humanos, o que poderia levar abelhas a serem usadas para estudar funções cerebrais dos humanos.

As oscilações alfa (a atividade eléctrica gerada pelo cérebro) nas abelhas são semelhantes às geradas pelo cérebro humano, de acordo com um novo estudo publicado na revista Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences, na quarta-feira (26).

Pesquisadores chegaram à conclusão estimulando abelhas com vários odores e conectando eletrodos microscópicos ao cérebro dos insetos para registrar sua atividade cerebral.

Cientistas também alimentaram as abelhas com uma solução de água e sacarose com uma pipeta, enquanto elas eram estimuladas com odores. Os pesquisadores descobriram que, tal como com os humanos, as abelhas associam odores aos alimentos.

"É fascinante ver como as abelhas podem aprender a associar odores aos alimentos de forma semelhante à dos seres humanos", comentou Paul Szyszka, professor do Departamento de Zoologia da Universidade de Otago, na Nova Zelândia. "O que queremos fazer agora é examinar como estas oscilações alfa mudam em diferentes situações."

"Como neuroetólogo, estou interessado em como as oscilações alfa das abelhas mudam durante os comportamentos naturais, por exemplo, quando uma abelha forrageia ou dorme", afirmou Szyszka, citado pelo portal Phys.org.

Benefícios nos humanos

Segundo Szyszka, que completou a pesquisa com o Tzvetan Popov da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, o estudo é empolgante, porque pode proporcionar uma nova forma de obter uma visão do cérebro humano.

"As experiências em humanos são caras, logisticamente difíceis e demoradas. Além disso, as gravações de neurônios identificados individualmente não são possíveis em cérebros humanos. Estudando os cérebros de abelhas podemos superar essas limitações e aplicar esse conhecimento à pesquisa, e eventualmente até mesmo ao tratamento, de cérebros humanos", acrescentou Szyszka.

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