A tartaruga, Stupendemys geographius, encontrada no deserto de Tatatacoa, viveu durante o Mioceno, de 13 a 7 milhões de anos atrás, revela a publicação Newsweek.
O enorme animal foi primeiramente descoberto nos anos 70 e seria a maior tartaruga que já viveu na Terra. No entanto, o espécime ainda é pouco conhecido, com diversos detalhes ainda faltando.
Edwin Cadena, geólogo e paleontólogo de vertebrados da Universidade de Rosário (Colômbia), e seus colegas estavam pesquisando por espécimes para saber mais sobre seus modos de vida e biologia. As descobertas foram divulgadas na publicação Science Advances.
Anteriormente, se sabia que o animal marinho teria vivido nos territórios dos atuais Brasil, Colômbia e Venezuela. A descoberta expande significativamente a geografia de seu habitat. Além disso, o trabalho de Cadena e seus colegas acrescenta novos conhecimentos sobre a vida destas tartarugas, revelando que os machos possuíam grandes chifres em seus cascos para se defenderem de predadores.
Análises detalhadas também revelaram marcas de mordidas e ossos perfurados, indicando que foram resultado de ataques de crocodilos Gryposuchus e Purussaurus, já extintos.
O biólogo colombiano afirmou à Newsweek que ele e sua equipe desejam continuar explorando a América do Sul em busca de novos fósseis: "Não somente da gigante Stupendemys, mas também de espécies extintas que revelam a origem e história da biodiversidade atual, fósseis que poderiam dar uma pequena contribuição para os planos de conservação de seus descendentes."