Âncora de 3.400 anos com imagem de deusa egípcia é achada nas águas de Israel (FOTO)

© Sputnik / Sergei Mamontov / Acessar o banco de imagensO templo mortuário de Hatexepsute, perto de Luxor
O templo mortuário de Hatexepsute, perto de Luxor - Sputnik Brasil
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A pedra, encontrada no mar Mediterrâneo, era mesmo uma âncora muito bem conservada que foi arrastada por uma recente tempestade.

Durante um mergulho matutino no mar Mediterrâneo, mais especificamente na costa norte de Israel, um veterinário viu algo que normalmente não se vê no fundo do mar – hieróglifos.

O que o veterinário Rafi Bahalul, que mora em Ein Hod, encontrou debaixo d'água foi uma âncora de pedra egípcia de 3.400 anos de idade. O objeto conta com a imagem de uma deusa antiga e com hieróglifos.

"Vi, continuei nadando uns metros, logo me dei conta o que tinha visto e mergulhei para tocá-lo", afirmou Rafi Bahalul, acrescentando que "foi como se tivesse entrado em um templo egípcio no fundo do Mediterrâneo".

A Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA, na sigla em inglês) foi chamada para examinar o achado perto da cidade de Haifa.

"Trata-se de um lugar conhecido por outras descobertas, mas atualmente não estávamos fazendo escavações ali. Às vezes, o mar faz o nosso trabalho e felizmente uma pessoa o viu e nos alertou", afirmou Jacob Sharvit, diretor do Departamento de Arqueologia Marítima da IAA, informa jornal Haaretz. 

Não foi difícil desvendar a função da pedra, que era usada como âncora por barcos durante a Idade de Bronze, que terminou a cerca de 3.200 anos, relatou Shirly Bem-Dor Evian, conservador de arqueologia egípcia no Museu de Israel em Jerusalém.

Artefato egípcio misterioso da Idade do Bronze é encontrado na costa israelense.

Estas âncoras tinham forma de trapézio com cantos arredondados e um buraco na extremidade superior para segurar a corda.

Âncoras parecidas desta época já foram encontradas na costa do Levante Mediterrâneo, inclusive na cidade de Atlit. No entanto, o que difere esta âncora de todas as outras é qualidade da decoração, aponta o conservador.

A parte mais interessante da decoração é a imagem que exibe uma mulher escrevendo em uma tábua.

O símbolo sobre a sua cabeça a identifica com a deusa Seshat, antiga divindade egípcia da escrita, explica Ben-Dor Evian.

Com base no estilo dos hieróglifos, a âncora foi esculpida no século XV a.C., ou seja, tem mais de 3.400 anos, aponta o conservador. A criação da âncora remeteria à 18ª Dinastia, época dos faraós que fundaram o Novo Reino e levaram à máxima expansão do Antigo Egito.

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