Gravuras rupestres que escaparam da destruição do Daesh são descobertas no Iraque (FOTOS)

© Foto / Pixabay /rodroPintura rupestre (imagem ilustrativa)
Pintura rupestre (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil
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Dez gravuras antigas ameaçadas pelo avanço do Daesh (grupo proibido na Rússia e em outros países) foram finalmente reveladas após a derrota da organização terrorista.

Na primeira descoberta do tipo após mais de 150 anos, a arte rupestre foi desenterrada na região do Curdistão iraquiano e retrata deuses assírios montados em criaturas míticas em procissão com o rei.

Em 2014, quando o grupo terrorista capturou a cidade vizinha de Mossul, a pesquisa arqueológica do local foi interrompida.

Quando o autoproclamado califado foi derrubado no final de 2019, os arqueólogos puderam voltar e descobrir os tesouros deixados para trás.

"Os relevos rochosos assírios são extremamente raros […] Não há outro complexo de arte rupestre assíria que possa ser comparado com este, com a única exceção do Khinis, na parte nordeste da região", disse ao tabloide britânico Mirro o líder da expedição, Daniele Morandi Bonacossi.

No auge de seus poderes, os combatentes do Daesh estavam a apenas 24 quilômetros do local da escavação. O grupo não tinha piedade na destruição das antiguidades da região, embora também saqueasse artefatos para vender.

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"As ameaças mais graves são o vandalismo, as escavações ilegais e as atividades da aldeia próxima que estão literalmente sitiando o local", explicou Bonacossi.

​Arqueólogos fazem descoberta de 3.000 anos de idade no Iraque: Um grupo internacional de arqueólogos do projeto curdo-italiano Faida fez uma descoberta extraordinária no Iraque durante escavações

As figuras nos painéis são mostradas em perfil, viradas para a esquerda, na direção que teria corrido a água do canal de Faida, que fazia parte de uma vasta rede de canais que levavam água para a capital assíria, Nínive, e irrigava as terras circundantes.

Relevos históricos

Entre as divindades retratadas está Ashur, o principal deus assírio, sua esposa Mullissu, o deus da Lua Sin e o deus Sol Shamash, representados como criaturas míticas, incluindo dragões e leões.

"Os relevos nos dizem que a construção deste sistema de irrigação local foi celebrada pelo poder real através da escultura de relevos rochosos", complementou o professor, que acredita que o local poderia guardar mais segredos.

Os relevos foram descobertos por arqueólogos italianos e iraquianos a 20 quilômetros ao sul da cidade curda de Duhok.

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