É preciso se preocupar com novo vírus vindo da China? Virologista responde

© AP Photo / Ng Han GuanPassageiros passagem por controle de saúde antes de embarcar no Aeroporto Internacional de Pequim
Passageiros passagem por controle de saúde antes de embarcar no Aeroporto Internacional de Pequim - Sputnik Brasil
Nos siga no
Um novo vírus causou duas mortes na China desde sua aparição há menos de um mês. No entanto, não há motivo para se preocupar, afirma um professor virologista.

Enquanto a misteriosa pneumonia viral fez uma segunda vítima na China e, segundo dados recentes, o país conta com ao menos 41 infectados, cinco deles em estado grave, a rede de notícias France Info entrevistou Bruno Lina, professor de virologia do Centro Hospitalar Universitário de Lyon e do Centro Internacional de Pesquisas em Infectologia, para esclarecer o que está ocorrendo.

"Trata-se de um novo vírus, jamais observado até agora. Pertence à família dos coronavírus e [...] a primeira vez que foi enxergado foi na China, no fim do mês de dezembro, em um mercado de peixes e outros animais", indicou Lina.

O virologista lembrou que dois sexagenários chineses já perderam suas vidas e que dois outros casos foram identificados em países vizinhos: um na Tailândia e outro no Japão.

Sintomas e medidas de precaução

Os sintomas são sobretudo dificuldades respiratórias.

"É uma forma de pneumonia, com sintomas idênticos à gripe, os infectados ficam com dificuldade em respirar [...] Como a gripe, seus efeitos são mais graves em pessoas frágeis, especialmente com idade mais avançada. Porém, nesta fase, ainda existem diversos elementos desconhecidos", afirma o especialista.

A origem da infeção continua desconhecida, assim como o período de incubação. Por enquanto, considera-se que ocorre a "transmissão de animal para homem".

"Nenhum elemento me permite dizer hoje que há transmissão entre pessoas...mas somente hoje", reitera o virologista. Ele acrescenta que, uma vez que as características do vírus permanecem desconhecidas, até o momento não existem vacinas ou tratamentos.

"Se os sintomas se desenvolverem, será necessário se consultar. Os hospitais estão equiparados para lidar [com infecções]”, comenta Bruno Lina.

O professor francês reafirma a necessidade de respeitar as recomendações. Os passageiros que realizarem conexões aéreas entre Paris e Wuhan devem permanecer atentos e evitar frequentar os mercados locais. Por fim, Lina conclui que, atualmente, não há motivo para se preocupar e que não se prevê um contágio em massa.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала