Como evolução nos mostra que somos os únicos seres inteligentes do Universo?

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O paleontólogo Nick Longrich, da Universidade de Bath do Reino Unido, em seu artigo publicado no portal The Conversation, afirmou que a humanidade pode ser a única civilização inteligente do Universo.

Nick Longrich indicou que o Universo é espantosamente vasto. Se considerarmos só a Via Láctea, nela há mais de 100 bilhões de estrelas. Já em se tratando do Universo visível, há mais de um trilhão de galáxias. Mesmo assim, apesar de o "Universo ser grande, antigo e possuir tempo e espaço para a inteligência evoluir, não há evidência disso".

De acordo com o paleontólogo, nossa história evolutiva mostra adaptações imprescindíveis que vão além da inteligência, entrando na lista fotossíntese e células complexas, que foram eventos únicos e, portanto, improváveis na história do desenvolvimento da vida selvagem.

"Muitos eventos críticos em nossa história evolutiva são únicos e, provavelmente, improváveis. Um deles é o esqueleto ósseo dos vertebrados, que permite que grandes animais se movimentem pelo solo", diz-se no artigo.

Às vezes, organismos vivos de diferentes grupos desenvolveram estruturas anatômicas semelhantes, incluindo olhos, pernas e maxilares, bem como uma forma aerodinâmica do corpo em animais marinhos. Esta convergência é chamada de evolução convergente, e ocorre em organismos que vivem em ecossistemas semelhantes.

Eumetazoa

Como indica publicação, convergência de órgãos complexos ocorreu em organismos vivos Eumetazoa ou organismos multicelulares reais. Isto inclui todas as espécies animais que têm uma estrutura multicelular, simetria, órgãos digestivos, músculos e sistema nervoso.

Há muitos exemplos de convergência nos Eumetazoa, mas a própria aparência de um corpo complexo provou ser única. Além disso, durante a evolução dos Eumetazoa, houve outros acontecimentos que já não se repetiam: a aparição do esqueleto interno, a reprodução sexual e o desenvolvimento da inteligência.

"A fotossíntese evoluiu 1,5 bilhão de anos depois da formação da Terra, células complexas – depois de 2,7 bilhões de anos, animais complexos – depois de quatro bilhões de anos e a inteligência humana – 4,5 bilhões de anos depois da formação da Terra", explica o paleontólogo.

Segundo Nick Longrich, "o fato de estas inovações serem tão úteis, mas terem demorado tanto tempo para evoluir, implica que são extremamente improváveis".

Longrich acredita que as adaptações da evolução, que levaram ao surgimento do ser humano, podem ser vistas como ganhos de loteria, cuja probabilidade geral pode ser muito pequena.

"A inteligência parece depender de uma cadeia de eventos improváveis. Mas dado o vasto número de planetas, e como um número infinito de macacos batendo em um número infinito de máquinas de escrever para escrever Hamlet, é obrigado a evoluir em algum lugar. O resultado improvável fomos nós", concluiu o paleontólogo.

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