Chineses detectam novos sinais de rádio vindos do espaço, diz especialista

© AP Photo / Liu XuMaior radiotelescópio esférico do mundo em Guizhou, China
Maior radiotelescópio esférico do mundo em Guizhou, China - Sputnik Brasil
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Novas dezenas de rajadas rápidas de rádio foram detectadas pelo maior radiotelescópio esférico do mundo localizado em Guizhou, China, disse especialista à Sputnik Internacional.

O achado foi feito por astrofísicos chineses que estão estudando minuciosamente as características dos sinais de rádio oriundos do espaço, conforme contou em entrevista à Sputnik Internacional o professor da Escola de Astronomia e Ciências Espaciais da Universidade de Nanjing, Yongfeng Huang.

Em agosto passado, o radiotelescópio havia captado as rajadas pela primeira vez. Na ocasião, os sinais foram chamados de FRB121102. No entanto, os sinais já haviam sido captados em 2011.

"Ainda em 2001, astrônomos deram de cara com um fenômeno estranho enquanto analisavam dados gravados por radiotelescópios. Na ocasião os telescópios detectaram por pouco tempo fortes rajadas de ondas de rádio. Embora sua duração fosse um milésimo de segundo, elas eram extremamente intensas", disse o professor.

Recentemente, o radiotelescópio chinês de Guizhou voltou a registrar dezenas de rajadas rápidas de rádio durante vários dias, segundo Huang.

Origem

Embora não se saiba muito sobre a natureza do fenômeno, alguns pressupõem que as ondas de rádio teriam origem alienígena.

Enquanto isso, por um tempo cogitou-se que as ondas teriam origem na Terra, como já aconteceu em outras vezes.

No entanto, a probabilidade de o fenômeno ter origem terrestre foi excluída.

Os cientistas dizem que a brevidade do fenômeno dificulta a coleta de mais informações. Ainda se especula sobre o fenômeno se repetir por milhares de vezes ao dia.

"De acordo com as estimativas mais grosseiras, há cerca de 10.000 sinais por dia, no entanto nossos telescópios não registram esses números", acrescentou o professor Huang.

Ainda segundo o especialista, a humanidade levará de 10 a 20 anos para descobrir a real origem do fenômeno.

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