Biomedicina prestes a ser revolucionada? Nova pesquisa analisa manipulação de células sanguíneas

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Cientistas no laboratório, imagem referencial  - Sputnik Brasil
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Em nova pesquisa das células do sangue realizada, cientistas da Universidade Nacional de Pesquisa Nuclear MEPhI (Rússia) e da Universidade de Oulu (Finlândia) obtiveram resultados importantes que podem revolucionar a biomedicina.

Os cientistas acreditam que a interação dos eritrócitos pode ser aproveitada para usar estas células do nosso sangue como um meio de transporte "natural", levando o medicamento para o lugar exato do organismo que dele precisa.

Caso as experiências provem ser exitosas, a nova metódica permitirá colocar medicamentos sobre a superfície de eritrócitos para serem levados imediatamente aos tecidos afetados pela doença. Os resultados da pesquisa estão publicados na revista científica Scientific Reports. 

Este conceito pode contribuir para o desenvolvimento de um novo paradigma na medicina. Porém, os cientistas ainda precisam saber como as nanopartículas presentes nos medicamentos afetam a conduta dos eritrócitos como um fator de possível influência na saúde humana.

© Sputnik / Vitaly Ankov / Acessar o banco de imagensCientistas trabalhando em laboratório (imagem de arquivo)
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Cientistas trabalhando em laboratório (imagem de arquivo)

A pesquisa russa mostrou, pela primeira vez na história, que é possível estudar a conduta de eritrócitos na presença de várias nanopartículas, oferecendo ao pesquisador a possibilidade de manipular as células, intervindo nas suas interações.

"Usamos, entre outros métodos, a pinça ótica de laser (método que em 2018 ganhou prêmio Nobel) e microscópios de contraste de fase e eletrônicos. A pinça ótica de laser permite criar as condições necessárias para a interação das células sanguíneas impossíveis nas condições normais. A combinação dos métodos oferece a possibilidade de medir a influência de certas partículas sobre a interação dos eritrócitos", contou à Sputnik Igor Meglinsky, professor da MEPhI e da Universidade de Oulu.

No futuro próximo, os cientistas planejam não só aperfeiçoar esta tecnologia, como também ampliar o leque das tarefas: pesquisar as propriedades das células sanguíneas na presença de alérgenos e vários nanomateriais (medicamentos, substâncias tóxicas, venenos) com a radiação eletromagnética, com diversas doenças e patologias, na área da imunoterapia e também para a criação do sangue artificial.

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