Simulação com 8 milhões de universos traz à tona falhas em teorias do nosso Universo

© Foto / ESA/Hubble, NASA, M. KornmesserIlustração artística do quasar J043947.08+163415.7 no Universo primordial
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O modelo múltiplo foi feito graças ao supercomputador e revelou várias incorreções nas ideias anteriores sobre a cosmologia e o nosso Universo.

Uma simulação computacional realizada por um grupo de astrônomos e especialistas informáticos dos EUA criou mais de 8 milhões de universos virtuais para tentar perceber como se desenvolveu o nosso Universo.

O estudo ocupou mais de 400.000 horas de trabalho de um supercomputador e revelou que as nossas ideias sobre a formação das estrelas podem em parte estar erradas.

O modelo permite reavaliar o papel que a matéria escura desempenha na formação e na evolução das galáxias e no nascimento das estrelas.

"No computador conseguimos criar muitos universos diferentes e compará-los com o real", comenta o astrônomo Peter Behroozi, da Universidade de Arizona, citado pelo site universitário. "Isso nos permite descobrir que leis estão na base do que vemos", adicionou ele.

Formação das estrelas

As simulações criadas não confirmaram todas as atuais hipóteses sobre a formação das estrelas. O modelo sugeriu que "galáxias de um determinado tamanho eram mais propensas a formar estrelas a uma taxa mais alta do que o esperado".

Quando a equipa incluiu nas suas simulações um universo com estrelas desligadas, o resultado do seu desenvolvimento foi bastante diferente do do Universo real. As galáxias tinham uma cor diferente, muito mais avermelhada do que o esperado devido à falta de jovens estrelas azuis.

A formação de estrelas em galáxias foi "muito mais eficiente nos primeiros tempos do que pensávamos", admitiram os cientistas. Peter Behroozi agora estima que a energia criada pelos buracos negros e estrelas em explosão não limita tanto a formação de estrelas.

© AP Photo / NASA/Observatório de raios-X Chandra/M.Weiss via APRepresentação artística fornecida pela NASA mostra estrela sendo engolida por buraco negro
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Representação artística fornecida pela NASA mostra estrela sendo engolida por buraco negro

O artigo científico dos astrônomos americanos estará disponível na edição de setembro da revista britânica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

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