Canadá quer que Huawei construa rede 5G, mesmo após prender diretora da empresa

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Logotipo da empresa chinesa Huawei (imagem de arquivo) - Sputnik Brasil
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As relações entre Canadá e China estão tensas em função da prisão da diretora financeira da Huawei pela polícia canadense.

Na semana passada, Ottawa anunciou ter adiado a decisão de proibir a Huawei de construir a rede 5G do país, informou Washington Times.

O anúncio, no entanto, não foi recebido bem por todos em Ottawa. Especialistas manifestaram preocupações reservadas de que a Huawei possa obter o monopólio do ecossistema 5G do Canadá, e especulações foram feitas de que a gigante chinesa de tecnologia poderia cortar a Internet do Canadá, seguindo um decreto de Pequim.

No início deste ano, a diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, foi presa no Canadá. Ela está agora em prisão domiciliar e luta contra pedidos de extradição dos EUA nos tribunais. Logo após sua prisão, a China deteve dois cidadãos canadenses, Michael Kovrig e Michael Spravor, que foram acusados ​​de espionagem.

"O governo canadense disse que estava agindo a pedido do governo Trump, [...] mas a reação de Pequim foi furiosa", escreveu Washington Times.

Barry Brown, o autor do artigo, especula que o contrato de 5G poderia ter sido concedido à Huawei como uma espécie de "ramo de oliveira" para Pequim.

Segundo o acordo, a Huawei construirá uma antena para fornecer conectividade de alta velocidade para cerca de 200 mil pessoas em mais de 70 comunidades remotas e rurais nas vastas mas escassamente povoadas regiões do Canadá, incluindo comunidades no Ártico, nordeste de Quebec, Newfoundland e Labrador.

"Este é um momento de tensão real entre o Canadá e a China, e só pode ser resolvido pelos governos", disse Alykhan Velshi, vice-presidente da divisão da Huawei no Canadá.

Velshi rejeitou veementemente as alegações de que a Huawei está trabalhando em nome do governo chinês, acrescentando que todos os funcionários da empresa seguem a lei canadense.

Apesar da crescente pressão de Washington, o Canadá - ao contrário da Austrália e da Nova Zelândia - se recusou a proibir as atividades da Huawei no país.

Os EUA colocaram a empresa em uma lista negra, proibindo a Huawei de vender tecnologia em solo americano. Além disso, Washington faz de tudo para evitar que a empresa compre componentes críticos para sua tecnologia. A Huawei relatou, no entanto, um aumento de 23% nas vendas no primeiro semestre deste ano.

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