Lua é mais antiga do que se pensava, descobrem cientistas

© Sputnik / Vladimir SergeevImagem da Lua durante o eclipse lunar
Imagem da Lua durante o eclipse lunar - Sputnik Brasil
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Os vestígios químicos das rochas lunares mostram que a Lua se formou nos primeiros 50 milhões de anos de existência do Sistema Solar.

De acordo com a teoria cosmológica do Big Bang, a hipótese mais sólida por agora, a Lua se formou a partir dos fragmentos fundidos do planeta Theia, que colidiu com a Terra nas primeiras fases da sua existência. Os cientistas acreditam que o evento teve lugar no intervalo entre 200 e 300 milhões de anos depois da formação do Sistema Solar. No entanto, os autores de um novo estudo, publicado na revista Nature Geoscience, afirmam que isso ocorreu ainda antes, durante os primeiros 50 milhões de anos de existência do Sistema Solar.

Os silicatos lunares, que foram trazidos para a Terra pela missão Apollo da NASA, contêm elementos de háfnio (Hf) e volfrâmio (W). Os especialistas concluíram que a proporção destes elementos nos silicatos lunares se distingue da existente nestes minerais no nosso planeta. Além disso, a transformação do isótopo de volfrâmio 182H em 182W deveria ser completado totalmente nos primeiros 60 milhões de anos de vida do Sistema Solar.

"Esta informação significa que qualquer impacto muito grande teve de ocorrer antes dessa data, o que responde à pergunta muito debatida entre a comunidade científica de saber quando se formou a Lua", indica o doutor Carsten Munker, um dos autores do estudo, citado pelo comunicado da Universidade de Colônia.

Portanto, as rochas lunares tiveram que começar a solidificar antes de nosso sistema ter alcançado 50 milhões de anos.

"Como a formação da Lua foi o último grande evento planetário depois da formação da Terra, a idade da Lua também nos oferece a idade mínima da Terra", explicou o doutor Maxwell Thiemens, da Universidade de Colônia.

O estudo da idade da Lua – corpo solar cuja formação possibilitou provavelmente a criação da vida – tem uma importância essencial para compreender o passado do nosso planeta, destacam os cientistas.

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