Além disso, os pesquisadores acreditam que o Oumuamua não foi o primeiro corpo celeste a chegar aqui, já que sempre há algum objeto à distância de cerca de 1 unidade astronômica do Sol a qualquer momento, segundo Bill Bottke, cientista planetário. Uma unidade astronômica é a distância média entre a Terra e o Sol — cerca de 150 milhões de quilômetros.
Bottke, que dirige o Departamento de Estudos Espaciais do Southwest Research Institute no Colorado, acredita que a teoria tenha implicações realmente interessantes.
Uma dessas implicações centra-se no papel que objetos como o Oumuamua poderiam desempenhar na transferência da vida de um mundo para outro no cosmos, uma ideia conhecida como panspermia.
Contudo, o consenso é que o objeto seja um corpo gelado e seus estranhos movimentos sejam causados por uma fuga de gás, segundo o portal Space.com.
“Isso indica que o gelo pode sobreviver a estas distâncias interestelares”, afirmou a astrobióloga Karen Meech, do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí.
Entretanto, o objeto pode ter viajado pelo espaço interestelar por 10 milhões de anos ou mais, afirma Meech.
Apesar das especulações, os astrônomos ainda não identificaram o sistema estelar natal de Oumuamua, por isso não sabemos se, há muito tempo atrás, o objecto foi ejetado junto com resíduos escuros e gelados.
Também não é possível saber se quaisquer criaturas a bordo do objeto poderiam sobreviver a um impacto com a Terra, ressaltando que ele passou por nós aproximadamente à velocidade de 215.000 km/h.Aproximadamente 100 objetos do tipo Oumuamua já atingiram a Terra ao longo da história de quase 4,6 bilhões de anos do nosso planeta e, até hoje, não se sabe se havia alguém a bordo desses objetos.
Com isso, surge a ideia de capturar um desses objeto para realizar uma investigação mais a fundo. Entretanto, no caso do Oumuamua tal não é viável, já que não é possível saber a localização exata do objeto. Nesse caso, qualquer sonda lançada teria que contar com um poderoso telescópio e ganhar velocidade suficiente para alcançar o objeto em torno do Sol a uma distância perigosamente próxima da nossa estrela.
Sendo assim, no momento, não há quaisquer evidências que comprovem as especulações do surgimento da vida através desses objetos.
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